Masahiko Goto, presidente mundial da Makita, salientou que fábrica foi erguida “em meio à crise”: confiança| Foto: Henry Milleo/ Gazeta do Povo

A Makita Ferramentas Elétricas Industriais inaugurou sua fábrica em Ponta Grossa na última terça-feira, mas optou por não dar informações sobre o volume de investimento na planta e previsão de faturamento. Antes de transferir sua produção para a região dos Campos Gerais, a empresa teve um processo conturbado de fechamento no estado de São Paulo, com manifestações promovidas pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC Paulista em frente à sede, em São Bernardo do Campo. Informações divulgadas antes do evento de inauguração da fábrica revelam que foram contratadas 350 pessoas em Ponta Grossa, sendo 250 funcionários e 100 prestadores de serviço. Para a prefeitura, a empresa teria garantido a contratação de mais 100 pessoas até o fim do ano. De acordo com o secretário de Indústria, Comércio e Qualificação Profissional do Município, João Luiz Kovaleski, a Makita pretende empregar 600 funcionários até 2013, triplicando a produção que tinha na cidade paulista. "A área construída da Makita em Ponta Grossa é duas vezes maior do que a fábrica de São Bernardo e a área externa aqui é o triplo da antiga instalação", disse. São 30 mil metros quadrados de área construída em 100 mil metros quadrados de área total.

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De acordo com Kovaleski, os motivos que levaram a Makita a vir para Ponta Grossa têm relação com a melhor infraestrutura logística para exportação da região e com a mão de obra qualificada. Para o sindicato dos metalúrgicos do ABC paulista, a mão de obra mais barata também influenciou. "Aqui (em São Bernardo) a média de salário variava entre R$ 1,3 mil e R$ 1,4 mil". O piso salarial em Ponta Grossa é de R$ 650.

A empresa também pode ter diferimento de 50% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) por quatro anos, vindo a compensar o valor dos tributos nos quatro anos posteriores.

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Desenvolvimento

Em seu discurso na inauguração em Ponta Grossa, o presidente mundial da Makita, Masahiko Goto, disse que a fábrica foi construída num momento de crise mundial e que isso só aconteceu porque a empresa acredita no desenvolvimento do país. "Foi num cenário dos mais difíceis que erguemos esta fábrica, em meio à crise", salientou. O diretor presidente da Makita no Brasil, Takashi Omote, disse que a demanda pelos produtos da empresa – serras e motores para roçadeiras – é crescente.