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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, defendeu hoje que os Estados Unidos se utilizem mais da política fiscal para estimular a demanda interna e assim diminuir a necessidade de exportação como estratégia para sair da crise. "Defendo que os EUA voltem a dar estímulos fiscais pois os adotados até agora não foram suficientes", disse Mantega. "É preciso estimular a demanda nos mercados locais", completou.

O raciocínio do ministro é de que por conta do insuficiente uso de estímulos fiscais os EUA estão tendo de trabalhar com juros ao redor de zero e estão sinalizando o uso do aumento da oferta de dinheiro na economia, o que tem provocado a desvalorização do dólar ao redor do mundo. Segundo Mantega, esse é um dos fatores que levam a China a ser mais agressiva na política cambial apesar das pressões pela valorização do yuan.

Questionado se o Brasil se alinharia aos EUA nessa pressão pela valorização da moeda chinesa, Mantega preferiu dizer que vai pressionar os EUA a reforçar sua política de estímulos fiscais para conter a desvalorização do dólar.

Ainda segundo o ministro, nessa questão cambial é preciso que haja ações coordenadas entre os países porque medidas isoladas não terão poder suficiente para resolver os problemas. Para ele, a preocupação não é com uma eventual guerra cambial, mas também com a tendência de uma guerra comercial caso não haja coordenação entre os países para corrigir as distorções cambiais.

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