São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo bateu mais uma vez no "muro" dos 70 mil pontos. No dia em que os investidores voltaram os olhos para uma possível saída de Henrique Meirelles da presidência do Banco Central, o Ibovespa teve uma modesta alta de 0,03%. Em meio ao travamento nos negócios causado pela eventual troca de comando na autoridade monetária do país e de várias incertezas sobre a economia mundial, o dólar também teve um dia morno. A moeda americana foi vendida por R$ 1,795, em queda de 0,22%. "O mercado tem muita confiança no trabalho de Meirelles e ficou muito receoso porque essa função pode ser transferida para outra pessoa. Acho que a situação tende a se acertar, mas, por enquanto, ainda há nervosismo", diz Felipe Pellegrini, gerente da corretora Confidence.
O presidente do BC disse ontem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu para que ele continue no governo. Meirelles, no entanto, disse que precisa de 24 horas para pensar no assunto. Ele dará uma resposta pública hoje. "Se depender do Lula, eu fico no BC até final do governo para completar o trabalho de estabilização da economia", disse Meirelles.
Senado ou vice
Na noite de sexta-feira, Meirelles tratou de seu futuro político com o presidente, mas a conversa não foi conclusiva. Se deixar o BC, Meirelles mantém aberta a possibilidade de concorrer a um mandato nas eleições de outubro. Ele pode optar a concorrer pelo Senado Federal, como pressiona o PMDB de Goiás, ou ficar no banco de reserva para composição como vice na chapa de Dilma Rousseff (PT).
Petrobras
Ontem a ação preferencial da Petrobras recuou 0,22%, em meio às incertezas dos investidores sobre o processo de capitalização da estatal. Sendo um dos papéis mais negociados da bolsa, o ativo da petrolífera também contribuiu para evitar uma recuperação mais acentuada do mercado brasileiro.
Internacional
Nos Estados Unidos, o índice de ações Dow Jones, da Bolsa de Nova Iorque, subiu 0,11%. Nem mesmo dois indicadores favoráveis da economia americana favoreceram apostas mais arriscadas: primeiro, a recuperação (incipiente) da confiança na economia, conforme pesquisa do instituto privado Conference Board, num país em que o consumo é uma parcela muito importante da economia; segundo, a queda menor do que o previsto dos preços das casas, conforme a pesquisa S&P/Case-Shiller.
-
Eleições internas e ataque a medalhões explicam reação da OAB ao STF
-
Drogas, machismo e apoio ao Comando Vermelho: conheça o novo vereador do PSOL
-
Ausência de Lula em articulação com parlamentares influenciou crise do governo no Congresso
-
Muita energia… na política: ministro ganha poder com agenda ao gosto de Lula
Muita energia… na política: ministro ganha poder com agenda ao gosto de Lula
Bônus para juízes, proposto por Pacheco, amplia gasto recorde do Brasil com o Judiciário
Quais impostos subiram desde o início do governo Lula e o que mais vem por aí
Perguntas e respostas sobre a reforma tributária; ouça o podcast