Ideia do Snapchat é justamente permitir que o usuário delimite um período antes do qual a foto ou vídeo se apague sozinho| Foto: André Rodrigues/Gazeta do Povo.

Por meio de uma invasão de um aplicativo não-oficial do Snapchat, serviço de troca de fotos que desaparecem depois de um tempo, hackers acessaram e divulgaram no fórum virtual 4Chan até 200 mil fotos em que usuários aparecem nus.

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Como metade dos usuários do Snapchat são adolescentes entre 13 e 17 anos, acredita-se que grande parte dessas fotos, trocadas privadamente e devassadas pelos cibercriminosos, podem ser de menores de idade. Não se sabe quantas são as vítimas, tampouco sua origem ou outros detalhes.

A desenvolvedora do Snapchat afirmou que não houve invasão de seus servidores, mas admitiu ter conhecimento do vazamento.

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O vazamento é muito maior em números que os executados por meio de falhas no serviço iCloud, da Apple, em que celebridades tiveram fotografias pessoais suas divulgadas, também em sites como o 4Chan.

O app não-oficial do Snapchat, chamado Snapsave e disponível só para a plataforma Android, estava sendo usado para gravar toda foto e vídeo transmitidos por anos pelas vítimas, segundo uma reportagem do site "Business Insider", que cita uma reportagem de um blog norueguês e uma fonte que não se identificou.

Um acervo de 13 Gbytes de material proibido teria sido acessado. Um arquivo do protocolo torrent que conteria as imagens e que foi disponibilizado por sites tem cerca de 600 Mbytes.

O Snapsave sequer é distribuído pela loja Play, do Google, mas não é o único aplicativo que permite o salvamento de conteúdo trocado por meio do Snapchat, cuja ideia é justamente permitir que o usuário delimite um período antes do qual a foto ou vídeo se apaga sozinho.

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