A agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) defendeu sua decisão de rebaixar a nota (rating) de crédito soberana dos Estados Unidos (EUA) e afirmou que a volatilidade do mercado não vai impedi-la de fazer outros cortes quando considerar justificado.
O diretor-gerente e chefe global de ratings soberanos da S&P, David Beers, afirmou que o Departamento do Tesouro dos EUA foi malicioso ao se queixar de que a agência teria cometido um erro de cálculo de US$ 2 trilhões. "Não houve erro matemático" como o Tesouro sugeriu, disse o executivo.
Autoridades norte-americanas têm afirmado que o rebaixamento do rating dos EUA foi injustificado porque teve como base um procedimento falho. A S&P defende que a discrepância é baseada em uma diferença nas hipóteses usadas e não é um erro. Segundo Beers, os US$ 2 trilhões em questão não afetaram a decisão de rebaixamento da nota pois reflete cálculos de prazo mais longo. O Tesouro, ao criticar a S&P, fracassou em reconhecer isso, disse.
Beers reiterou a opinião da S&P com relação à Grécia, afirmando que o país provavelmente estará em default (não pagamento) no fim deste ano, mesmo depois de acordos para alívio da dívida e para extensão dos vencimentos. "Provavelmente haverá mais uma reestruturação", declarou.
O executivo da S&P também alertou para os problemas da China com os empréstimos dos veículos de financiamento dos governos locais e afirmou que parte dessa dívida terá de ser assumida pelo governo central. No entanto, Beers acredita que Pequim pode absorver as perdas em razão de seu baixo nível de dívida geral. As informações são da Dow Jones.
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