Interior de uma loja da Kalunga: rede quer chegar a 200 lojas em 2018| Foto: Divulgação/Kalunga

Depois de passar praticamente imune à crise econômica, a Kalunga vai aproveitar o ano de 2018 para acelerar seu plano de expansão. A rede de papelaria, materiais para escritório e itens de informática vai abrir 27 novas lojas até dezembro nas regiões Sul, Sudeste, Norte e Nordeste e alcançar a marca de 200 unidades em funcionamento. A empresa vai, ainda, expandir o seu serviço de gráfica digital, instalado dentro das próprias lojas do grupo, e se prepara para começar a construir um centro de distribuição próprio. O objetivo é terminar o ano com um crescimento de 13,2% e faturamento recorde de quase R$ 2,5 bilhões.

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Das 27 novas lojas previstas para serem abertas neste ano, seis unidades já foram inauguradas, sendo as duas mais recentes no Paraná, uma em Londrina e outra em Maringá. As demais 21 unidades já estão com os contratos fechados e serão abertas nas regiões Sudeste, Norte e Nordeste até dezembro de 2018, principalmente em shoppings centers. O investimento total será de aproximadamente R$ 81 milhões, pois, em média, a Kalunga gasta cerca de R$ 3 milhões para abrir cada estabelecimento, contando os gastos com obra/reforma e estoque.

Crescimento em meio à crise

O projeto de abertura de novas lojas neste ano dá continuidade ao plano de expansão da Kalunga, que não foi interrompido nem mesmo durante o período de recessão econômica. A empresa abriu 66 novas lojas nos últimos três anos e terminou o ano passado com um faturamento de R$ 2,23 bilhões, o que representou um crescimento de 10% em relação a 2016.

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O diretor de operações e vendas da Kalunga, Hoslei Pimenta, afirma que foi possível manter o ritmo de crescimento devido a três fatores: a estratégia adotada na expansão geográfica, o mix de produtos e o fato de a Kalunga ser líder em seu segmento. A Kalunga vende mais de 11 mil itens entre artigos de papelaria, materiais de escritório e produtos de informática. Ela vende tanto para o consumidor final, que compra em pequena quantidade, quanto para escritórios e comerciantes. Com isso, se tornou líder de mercado em seu segmento, o que lhe dá vantagens ao negociar preços com fabricantes, além de ter linhas próprias de produtos, caso dos cadernos, agendas e fichários Spiral, de fabricação própria.

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Outra estratégia que contribuiu para a empresa manter o ritmo de crescimento foi expandir fora do eixo Rio-São Paulo. A Kalunga começou como uma pequena loja de atacado há 46 anos em São Paulo e por muitos anos ficou restrita ao estado de São Paulo e a cidade do Rio de Janeiro. A partir dos anos 2000, já com uma boa presença em SP e no RJ e um modelo de negócio consolidado, passou a entrar em praças antes inexploradas, caso, por exemplo, de Curitiba, Recife e Salvador, e em cidades menores, a partir de 200 mil habitantes.

A Kalunga também aproveitou o período de recessão para negociar melhores pontos de venda. “Na época da crise, passamos a ter muitas oportunidades de locação mais em conta, principalmente em shoppings. Aqueles shoppings com preço de metro quadrado muito alto ficaram mais acessíveis. E nós nos tornamos mais conhecidos, entrando em novas praças, o que deu segurança para que muitos shoppings nos procurassem”, diz Pimenta.

Gráfica digital e centro de distribuição próprio

Gráfica Copy & Print da Kalunga, em São Paulo 
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Além da abertura de novas lojas, a Kalunga vai aproveitar o ano de 2018 para expandir a sua gráfica rápida digital, chamada de Copy & Print. Ela é uma pequena gráfica que fica dentro das lojas da Kalunga. Os clientes podem imprimir ou mandar fazer banners, cartões, convites e outros materiais gráficos. Há duas lojas da Kalunga em São Paulo e uma no Rio de Janeiro com o serviço. A previsão é levar a novidade para mais quatro unidades (duas em SP e duas no RJ) neste ano e para outras praças em 2019. O investimento médio para a abertura de uma Copy & Print é de R$ 600 mil.

Outra novidade, só que para 2019, é a construção do Centro de Distribuição (CD) próprio. A Kalunga tem hoje três CDs alugados em Barueri, o que encarece os seus custos. A empresa já comprou um terreno na Grande São Paulo para a instalação de uma unidade própria e, no ano que vem, deve começar as obras. O investimento total para construir o complexo logístico será de, no mínimo, R$ 60 milhões.