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A exuberante economia chinesa – que há uma década cresce cerca de 10% ao ano – é um dos alvos prediletos de investidores à procura de maior rendimento, mesmo com mais risco, explica o professor de Economia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), José Luís Oreiro. "O preço das ações é definido em relação à rentabilidade que essas empresas podem ter no futuro. Se a expectativa é de crescimento acelerado de um país, espera-se que os preços das ações vão subir." O problema é que não raro o mercado exagera. "É o chamado excesso de sensibilidade. A economia chinesa vai bem, mas os preços das ações crescem mais que ela, se descolam numa bolha especulativa que é frágil e em algum momento vai estourar."

No dia 27 do mês passado a bolha estourou. Temendo desaceleração nas economias chinesa e americana, o investidor estrangeiro vendeu o que podia nos mercados de maior risco e correu para investimentos mais seguros. O índice Xangai A, o principal da bolsa da China, despencou 8,8%, e contagiou o mundo de pessimismo. No Brasil, a Bovespa caiu 6,63% e, desde então, acumula perda de 4,49%. "O problema é que o investidor internacional vê esses mercados como a mesma coisa. Para ele, é tudo emergente", afirma o professor Breno Lemos, também da UFPR.

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