A Organização para a Cooperação Econômica e o Desenvolvimento (OCDE) retirou o Uruguai nesta sexta-feira (3) de sua lista de paraísos fiscais que não concordaram em respeitar os padrões internacionais. A OCDE afirmou que recebeu garantias do ministro de Finanças do Uruguai, Álvaro García.
"A OCDE recebeu com satisfação hoje (nesta sexta-feira) o endosso formal do Uruguai de seus padrões de troca de informações fiscais", disse a organização em seu website. O ministro do país escreveu uma carta ao secretário-geral da OCDE, Angel Gurria, apoiando formalmente os padrões da organização.
Na carta, o país aceita os "padrões de transparência e troca de informações, como estabelecidos na versão de 2005 do Artigo 26 do Modelo de Convenção Fiscal da OCDE". "Estou satisfeito de que o Uruguai tenha se juntado a um crescente número de nações que querem cooperar no combate à evasão fiscal e outros abusos", disse Gurria na carta.
Nesta quinta, apenas algumas horas depois de o G-20 anunciar que concordou em combater os paraísos fiscais, a OCDE revelou uma lista de países e seu grau de cumprimento dos padrões internacionais nessa área. O Uruguai havia sido classificado na categoria mais baixa - junto com Costa Rica, Malásia e Filipinas - como país que não se comprometeu a implementar os padrões internacionais.
O Uruguai foi rápido em negar a acusação. "O Uruguai não é um paraíso fiscal. O Uruguai pode não ser um monastério, mas não é um cassino", disse o presidente Tabaré Vazquez nesta sexta. O presidente do Banco Central do Uruguai, Mário Bergara, também disse nesta sexta que o sistema financeiro do país é sólido e sério. As informações são da Dow Jones.
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