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Embora o governo acredite que o preço da gasolina deva cair com a maior adição de álcool anidro na sua composição, há quem diga que vai ocorrer exatamente o contrário. "Não tenho dúvida nenhuma de que em menos de 30 dias da medida em vigor nós vamos estar com o álcool a R$ 1 o litro na usina, o que vai inverter a situação e deixar a gasolina mais cara", afirma Roberto Fregonese, presidente do Sindicombustíveis, entidade que representa o comércio varejista de combustível no Paraná.

Ele lembra que, a partir de novembro, a cana-de-açúcar entra na entressafra, o que deve diminuir a oferta do produto ao mesmo tempo em que a demanda vai subir por conta da maior adição do álcool na gasolina. "Eu não hesitaria em dizer que é uma forma de aumentar os preços num futuro bastante próximo", afirma.

Até fevereiro, a proporção de álcool na gasolina era de 25%. Além do risco de desabastecimento do combustível de cana-de-açúcar, seu preço estava tão alto que acabou se tornando proibitivo – motoristas com carros bicombustíveis deixaram de ver vantagem no álcool. Foi quando o governo entrou em campo e baixou a porcentagem para 20%. De março até agora, o preço do álcool nas usinas recuou aproximadamente 40%, segundo a Alcopar, associação que congrega os usineiros do estado.

O presidente da entidade, Adriano da Silva Dias, acredita que os preços vão se manter estáveis. Para ele, não há contrasenso em se aumentar o porcentual do álcool na mistura da gasolina na entressafra. "Ao contrário. O preço caiu bastante desde o início do ano, a safra foi muito mais produtiva este ano do que as anteriores e está sobrando álcool", garante Adriano Dias.

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