A Petrobras anunciou ontem um plano de desligamento voluntário (PDV) a funcionários com mais de 55 anos para reduzir custos e melhorar a produtividade da empresa. O programa, que só será detalhado daqui a um mês, poderá atingir um universo de 8,5 mil funcionários, segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP).
Sindicalistas alertaram para aumento do risco de acidentes, enquanto o mercado viu com bons olhos a possibilidade de reduzir gastos cada vez maiores com pessoal. "Do ponto de vista de resultado é um movimento saudável. O custo com pessoal tem sido um problema crescente na empresa", disse o diretor de análises da Ativa Corretora, Ricardo Corrêa.
O economista lembra que cargos operacionais costumam ter custo mais baixo, e que o maior potencial de ganho para a empresa, em termos de resultado e produtividade, está nos cargos corporativos e gerenciais. Serão contemplados 7 mil funcionários que já estão aposentados pelo INSS, mas continuam trabalhando na empresa, além de 1,5 mil que completam tempo de aposentadoria até 31 de março.
A estatal tem hoje 65 mil funcionários, e quase 80 mil se considerado todo o sistema Petrobras, segundo a FUP. O coordenador da federação, João Antônio de Moraes, disse estar preocupado com o fato de a Petrobras não garantir reposição das vagas, com exceção das áreas operacionais. "O número de trabalhadores hoje claramente já é insuficiente para as atuais atividades da companhia", disse Moraes, após reunião com representantes da Petrobras sobre o PDV.
Proposta
Uma das possíveis propostas em estudo é o pagamento de um prêmio equivalente a 40% do saldo do FGTS. A Petrobras vai fazer uma hierarquização dos postos de sua necessidade e os desligamentos poderiam acontecer de forma imediata ou em até 36 meses. Segundo a Petrobras informou em nota, o plano é fruto da implantação do Programa de Otimização de Produtividade (POP) e visa adequar o quadro de funcionários às metas do plano de negócios da empresa.
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