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A diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria da Graça Foster, que acaba de desembarcar de uma viagem à Bolívia, onde, junto com o presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, foi negociar novos investimentos, afirmou que, devido ao aumento de custos na exploração e até para acompanhar o que tem acontecido com os preços do petróleo, os preços do gás natural devem sofrer reajuste real (acima da inflação) de 15% a 25%, ao longo de 2008.

Em entrevista exclusiva ao jornal O Globo, Graça Foster negou que haja uma crise de abastecimento e disse não ter dúvidas de que a era do gás barato chegou ao fim. Há pouco mais de 40 dias no cargo, ela comentou o episódio do corte de fornecimento de gás às distribuidoras do Rio e de São Paulo.

Segundo ela, no caso do Rio, nega que tenha havido erro de cálculo ou inexperiência.

- São momentos novos para a Petrobras e para o mercado. O que existe são contratos vencidos e em volumes menores do que fornecemos. Fizemos um planejamento de corte de 1,25 milhão de metros cúbicos por dia para a CEG e a CEG-Rio, que foi devidamente avisada. O corte não foi direto, foi gradual.

Ela acrescentou que a redução foi combinada e parece que a CEG não fez a divisão do corte para seus clientes.

Ao comentar o problema, em Brasília, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, disse que a responsabilidade pela política de gás natural veicular (GNV) não é da Petrobras, mas dos estados e das distribuidoras.

- A Petrobras vende gás para distribuidoras. A política de estímulo ou não é dos estados - afirmou.

Gabrielli afirmou ainda que o uso como combustível de veículo não é a melhor aplicação para o gás natural. Gabrielli defende que o gás natural seja utilizado para outros fins afirmando que o uso veicular não é "o mais eficiente".

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