Petrobras explica plano de investimento para investidores em NY

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A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, e quatro diretores da empresa foram submetidos a uma bateria de perguntas de investidores em Nova York na manhã desta quarta-feira (27), em um encontro convocado pelos executivos para explicar o novo plano de investimentos de empresa, para o período 2012-2016.

A defasagem dos preços da gasolina e do diesel no Brasil em relação ao mercado internacional e as exigências de conteúdo local na produção de plataformas e navios foram alguns dos pontos mais questionados pelos investidores. O grau de alavancagem da empresa, o alto custo de construção da refinaria Abreu e Lima (US$ 20 bilhões) e seus mecanismos de proteção por hedge também foram alvo do interesse dos representantes de bancos e fundos de investimentos.

"Se não tivermos paridade verdadeira, nossos planos terão que ser ajustados", disse o diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, que observou que a empresa precisa se preocupar em manter o grau de investimento, obtido junto às agências de classificação de risco.

Respondendo a outra pergunta sobre o mesmo assunto, a presidente da Petrobras lembrou que o plano de investimentos foi aprovado pelo conselho presidido pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, e que todos no conselho têm o mesmo objetivo: aumentar o valor da empresa. Ela afirmou ainda que, observando-se um gráfico com os preços do petróleo no mercado interno desde 2002 em comparação com os preços internacionais, a relação foi boa para a empresa na maior parte do tempo.

Graça Foster disse que o novo plano de investimentos é mais realista do que os anteriores e que a empresa "aprendeu algumas lições". Sobre o uso de conteúdo local, a presidente da Petrobras disse que a justificativa é a escala. Segundo ela, talvez a primeira plataforma, em 2003, tenha saído mais cara no Brasil do que se tivesse sido feita fora, mas com o aumento da escala, com a produção de 33 plataformas, os custos caíram.