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Combustíveis

Petrobras reduz previsão de produção

Empresa prevê fechar 2007 com produção média de 1,840 milhão de barris por dia, contra 1,9 milhão da meta inicial. Ainda assim, produção será maior do que em 2007 e empresa garante que auto-sufîciência será mantida

Edward James Olmos, Ridley Scott, Daryl Hannah e Rutger Hauer, na exibição de "Blade Runner: a versão final", em Veneza | AFP/Gazeta do Povo
Edward James Olmos, Ridley Scott, Daryl Hannah e Rutger Hauer, na exibição de "Blade Runner: a versão final", em Veneza (Foto: AFP/Gazeta do Povo)

A Petrobras reduziu suas estimativas de produção deste ano, de 1,9 milhão de barris por dia para 1,840 milhão, contra 1,778 milhão por dia em 2006. O diretor de Exploração e Produção da empresa, Guilherme Estrela, no entanto, garantiu que o volume extraído dos campos nacionais será suficiente para suprir a demanda e manter a auto-suficiência brasileira.

- Tivemos uma série de problemas e paradas não programadas nas plataformas P-34, P-43, P-48 e P-50. Faz parte das nossas atividades. Mas o importante é que no fim do ano chegaremos à produção de 2 milhões de barris por dia - afirmou.

Entre os projetos que deverão entrar em produção neste ano estão a P-52, P-54, Piranema, Golfinho II e FPSO RJ.

A área de Exploração e Produção da companhia irá investir US$ US$ 65,1 bilhões entre 2008 e 2012, sendo que US$ 54,6 bilhões ficarão no Brasil. Do volume total, US$ 45,3 bilhões irão para o desenvolvimento da produção de óleo e gás e US$ 9,3 bilhões para a exploração de áreas.

- Esses US$ 9 bilhões colocam a Petrobras entre as três empresas que mais investem em exploração no mundo - comentou o diretor.

Estrella também contou que a empresa vem enfrentando dificuldades na contratação de novas plataformas devido ao aumento de custos e afirmou que a Petrobras poderá cancelar a licitação para a plataforma P-55, que será destinada ao módulo III do campo de Roncador, na Bacia de Campos.

A empresa iniciou a licitação para sua compra, mas apenas o grupo Jurong apresentou proposta, bem acima do valor inicialmente estimado. Em função disso, sua entrada em produção foi revista de 2010 para 2012. A Petrobras está avaliando procedimentos mais simplificados para obra e pretende negociar diretamente com os fabricantes.

Redescobrindo a Amazônia

Depois de 30 anos sem investir na região do Amazonas, exceto na a Província de Urucu, a Petrobras voltará a apostar nos campos de Juruá, São Matheus e Jaraqui. Segundo Guilherme Estrella, esta será uma maneira de compensar a queda natural da produção de Urucu e de cumprir os contratos de entrega de gás já firmados para os próximos 20 anos.

- Temos um contrato de fornecimento que será primeiramente atendido por Urucu, por meio do gasoduto Coari-Manaus, que deverá entrar em operação em 2008. São 5,5 milhões de metros cúbicos por dia que já estão contratados. Mas o decaimento da produção de gás é muito mais intenso que o de óleo - disse.

A empresa tem cerca de 23 poços na região, onde foram registradas descobertas na década de 70. Agora, está realizando sísmica nestes poços.

- Eles certamente darão algum resultado, que irá coincidir com os compromissos assumidos na Amazônia. É um gás que estará disponível principalmente para a geração termelétrica - contou.

- A partir do momento que nos comprometemos em entregar gás por 20 anos para uma região, temos que escarafunchar em Juruá, São Matheus e outros campos.

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