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O rendimento médio real do trabalhador brasileiro foi R$ 1.848,40 em julho deste ano, valor 0,9% menor que o observado no mês anterior, que havia sido R$ 1.864,39. Essa foi a quinta queda consecutiva do rendimento médio real, que leva em consideração a inflação. Os dados são da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), divulgada hoje (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A redução de 0,9% ocorreu apesar de o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) ter registrado deflação (queda de preços) de 0,13% em julho. O rendimento real é o poder de compra do trabalhador, ou seja, o rendimento nominal (aquilo que o trabalhador recebe no seu emprego) menos a inflação. Assim como a inflação corrói o poder de compra do salário, a deflação tem o efeito inverso, possibilitando que, com o mesmo salário, o trabalhador possa comprar mais.

"O efeito da inflação nesse mês foi praticamente zero, mas não se pode esquecer que você tem um efeito da inflação de meses anteriores. Temos uma trajetória de cinco meses de queda no rendimento", disse o coordenador da PME, Cimar Azeredo.

Apesar da queda na comparação com junho, o rendimento médio real aumentou 1,5% na comparação com julho do ano passado. Das seis regiões metropolitanas pesquisadas pela PME, apenas Salvador e Belo Horizonte tiveram queda no poder de compra na comparação com julho do ano passado.

A taxa de desemprego de julho ficou em 5,6%, inferior à observada no mês anterior, que havia sido 6%. Segundo Azeredo, São Paulo, região metropolitana com maior peso na pesquisa, teve papel preponderante no resultado nacional, já que a taxa paulista caiu de 6,6% em junho para 5,8% em julho.

"Houve uma redução no contingente de desocupados de São Paulo, que responde por quase 40% da força de trabalho dentre as seis regiões, o que justificou a queda nas seis regiões metropolitanas", disse o pesquisador. Entre as atividades econômicas, o principal destaque foi o setor industrial, que teve aumento de 3,5% no contingente de pessoal ocupado entre junho e julho.

Na comparação com julho de 2012, a taxa de desemprego manteve-se praticamente estável, já que naquele mês a taxa havia sido 5,4%. Foram gerados 339 mil postos de trabalho no período. Entre as atividades econômicas, o destaque neste tipo de comparação ficou com o segmento de saúde, educação e administração pública, com aumento de 4,6% no contingente de pessoas ocupadas, que foi responsável pela geração de 170 mil postos de trabalho.

O número de empregados com carteira assinada no setor privado manteve-se praticamente estável em relação a junho deste ano, mas teve um crescimento de 3,5% na comparação com julho de 2012. Já o contingente de empregados sem carteira assinada também manteve-se estável na comparação com junho, mas caiu 5,6% na comparação com julho de 2012.

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