Grande filão dos concursos públicos, as disputadas vagas para autarquias federais e estatais, como Petrobras, Caixa Econômica Federal, Correios e INSS, não entram na conta dos novos cargos da administração federal direta feita pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Somando esses órgãos e empresas, que têm orçamento próprio, o número de vagas abertas em concursos públicos neste ano não deve superar o desempenho de 2013, que foi um dos melhores anos para quem batalha por uma vaga no serviço público federal.
Segundo Bruno Branco, diretor-executivo do Iesde e um dos criadores do site Aprova Concursos, 2014 tem superado as expectativas dos concurseiros com boas oportunidades para as áreas federal, estadual e municipal. "Já temos um novo concurso da Polícia Federal (PF) autorizado, cujo edital precisa sair até setembro. O concurso de 2014 será o quinto em 15 anos para o cargo de agente, um dos mais cobiçados da PF", afirma.
Mesmo com as eleições no segundo semestre, ainda são aguardados alguns editais importantes, como o dos Correios e o do INSS. "Esse concurso é esperado desde o início do ano e vem se arrastando há bastante tempo no Ministério do Planejamento", afirma o especialista em concursos Ricardo Ferreira. A demora na autorização de vagas para áreas estratégicas é vista pelos especialistas como uma forma de o governo adiar novos gastos.
Déficit
A Previdência é justamente uma das áreas com o maior risco de déficit de profissionais. De acordo com a Associação Nacional dos Servidores da Previdência e da Seguridade Social, há mais de 10 mil servidores do INSS em condições de se aposentar, número que equivale a 26% do efetivo total. Segundo estimativa, esse número poderá chegar a 18 mil nos próximos três anos.
De acordo com dados do Boletim Estatístico de Pessoal do Ministério do Planejamento, de 2006 para cá, o saldo entre os servidores que ingressaram no serviço público federal e aqueles que se aposentaram equivale 95 mil servidores.
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