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Economistas vêm há anos discutindo uma metodologia para mensurar exatamente qual é o impacto da internet na vida das pessoas. É uma equação difícil de ser elaborada. Muitos serviços fornecidos on-line resultam num efeito não-monetário. As transações – uma compra feita na web; o gasto para montar um comércio eletrônico – são facilmente computadas no Produto Interno Bruto (PIB), mas pense naquilo que não tem preço. Qual é o impacto econômico de pagar a conta de luz pela internet ao invés de ir até a lotérica, por exemplo?

Para tentar mensurar esse tipo de atividade, economistas utilizam o conceito do "excedente do consumidor". Imagine uma pessoa que deixa de comprar um dicionário de R$ 30 para usar um serviço de dicionário gratuito na web. Esses R$ 30 são considerados o "excedente do consumidor" – o valor que o consumidor pagaria por um determinado produto ou bem.

A internet está cheia desses excedentes: acesso à informação gratuita, jogos on-line, redes sociais, e-mail. Levando esses benefícios em conta, não é estranho supor que contratar um serviço de internet torna o consumidor mais rico, e não mais pobre.

Como o PNAD mostra que 53,5% dos brasileiros ainda vivem sem acesso à rede, há algumas conclusões possíveis: 1) o brasileiro não tem conhecimento das vantagens proporcionadas pela internet; 2) na opinião do brasileiro, as vantagens proporcionadas pela internet não compensam o custo da conexão; 3) a conexão no Brasil é cara.

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