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O presidente do Banco Central da Argentina, Martín Redrado, mantido no cargo por medida judicial, endureceu sua postura no conflito que mantém com o governo de Cristina Kirchner e com diretores do BC ligados à presidente. "Eles creem que me matam e eu creio que eles se suicidam", afirmou Redrado, cujo poder no BC foi limitado na quinta por decisão da diretoria. "Sou mais duro do que parece", disse Redrado nesta sexta-feira (15).

Por seis votos contra dois, os diretores decidiram que Redrado não poderá realizar nenhuma gestão internacional sem autorização da diretoria, nem representar o país nas negociações de reabertura da troca da dívida. Antes, a diretoria já havia desvinculado Redrado do comando da mesa de câmbio do BC. A partir de agora, ele só poderá realizar viagens ao exterior com expressa autorização da diretoria.

Conta bloqueada

Redrado parece não se dar por vencido. Ele afirmou que vai apresentar uma proposta ao juiz norte-americano Thomas Griesa, ainda nesta sexta, para negociar a suspensão dos embargos impostos às contas do BC no Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), os quais o governo chegou a informar, na quinta-feira, que tinham sido suspensos. Segundo Redrado, as contas do BC serão descongeladas "nas próximas horas".

Ele também afirmou que continua "no comando" do BC e defendeu a manutenção da autonomia da autoridade monetária e a independência de critérios. Estes são, conforme Redrado, argumentos fundamentais para proteger as reservas internacionais.

"Se não fosse assim, não só as reservas depositadas no Fed correm risco, mas todos os ativos argentinos em qualquer outra parte do mundo", disse. "Vou utilizar toda minha força, toda minha capacidade para defender a Argentina e evitar que isso ocorra", concluiu.

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