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Os dados do mercado de trabalho industrial em julho confirmam que "há uma recuperação em curso" no emprego do setor, ainda que a acomodação registrada na produção da indústria no segundo trimestre do ano tenha influenciado negativamente o número de horas pagas, segundo observou o técnico da coordenação de indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), André Macedo.

O instituto divulgou hoje um aumento de 0,3% no emprego industrial em julho ante junho e de 5,4% ante julho do ano passado. O número de horas pagas, porém, caiu 0,3% ante o mês anterior. "Os dados dão sequência a uma trajetória de reação, mas o emprego na indústria ainda estava, em julho, em patamar 1 9% abaixo do recorde de setembro de 2008", disse Macedo.

Ele lembrou que, no auge dos efeitos da crise econômica sobre o mercado de trabalho do setor, em junho do ano passado, o patamar do emprego era 7,1% inferior a setembro de 2008. "Há uma clara trajetória de recuperação do emprego industrial, que vem ocorrendo gradualmente", disse.

Segundo Macedo, mesmo com os efeitos sobre as horas pagas da acomodação da indústria do segundo trimestre, é preciso aguardar novas informações das próximas pesquisas para checar se esses impactos vão prosseguir nos próximos meses e vão acabar recaindo também sobre o número de ocupados. "É preciso aguardar um pouco mais para ter ideia de como o indicador de pessoal ocupado ficará daqui para frente, já que o primeiro resultado da indústria no terceiro trimestre mostrou crescimento", disse.

No que diz respeito ao forte aumento na folha de pagamento do setor em julho, Macedo atribui o resultado aos pagamentos de participação nos lucros e bônus na indústria extrativa. A folha industrial subiu 1,9% em julho ante junho e aumentou 11,2% ante igual mês de 2009.

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