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O governo do estado de Mato Grosso divulgou ontem a existência de reservas de 11,5 bilhões de toneladas de minério de ferro em Mirassol D’Oeste – a quantidade corresponde a mais de um terço do total de 30 bilhões de toneladas do país estimado pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) com base em estatísticas do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Com as novas reservas, o total projetado salta para 41,5 bilhões de toneladas.

A exploração dos depósitos foi requerida pela GME4, empresa que atua na prospecção e no desenvolvimento de depósitos minerais, para venda ou formação de joint ventures no mercado nacional e global. Segundo fontes da Secretaria de Indústria, Comércio e Minas e Energia do Mato Grosso, a GME4 tem autorização para pesquisas numa área que totaliza 1 milhão de hectares no estado.

Atualmente, a China é o maior produtor mundial de minério, mas suas reservas têm baixo teor de ferro contido, o que desperta o interesse dos chineses por mineradoras em todo o mundo e por ativos da matéria-prima. A qualidade das reservas de minério de Mirassol D’Oeste, com teor de ferro contido de 41%, é bastante inferior às da Vale, cujo grau médio é de 56,5%. Considerando apenas o Sistema Norte da Vale, onde está Carajás, o teor de minério sobe para 66,7%. "A qualidade do minério das reservas descobertas em Mato Grosso são razoáveis, mas demandam beneficiamento, pois o teor mínimo para comercialização é de 58%. A Vale se incomodaria só se uma nova Carajás tivesse sido encontrada", disse o analista da Geração Futuro Rafael Weber. Como a perspectiva de tempo médio entre a descoberta de uma reserva e o início das operações é de cinco a sete anos, segundo o presidente do Ibram, Paulo Camillo Penna, o mercado não espera que a descoberta afete os negócios da Vale no curto prazo.

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