• Carregando...

Os investidores italianos que compraram, ao lado da Telefónica, o controle da Telecom Italia informaram que a companhia espanhola pode deixar o consórcio Telco caso discorde de uma grande venda de ativos da Telecom Italia ou de uma aliança.

A Telefónica, os bancos italianos Mediobanca e Intesa SanPaolo, a seguradora Generali e a família que controla a italiana Benetton fecharam um acordo para adquirir a Olimpia -holding que controla 18 por cento da Telecom Italia- da Pirelli, por 4,1 bilhões de euros (5,58 bilhões de dólares).

Caso a Telefónica discorde dos planos da Telecom Italia de realizar "desinvestimentos no exterior superiores a 4 bilhões de euros ou fechar alianças estratégicas com empresas de telecomunicações", o grupo espanhol pode sair do consórcio, informaram as empresas italianas em comunicado conjunto na quarta-feira.

Como a Telefónica detém 42,3 por cento da Telco, que por sua vez tem 23,6 por cento das ações ordinárias da Telecom Italia, se a companhia espanhola decidir deixar o consórcio por meio de uma operação de desmembramento, o grupo espanhol ainda terá 10 por cento das ordinárias da Telecom Italia.

O consentimento da Telefónica é necessário na primeira rodada de votações sobre importantes decisões da Telco, como desmembramentos, fusões e política de dividendos, informaram as empresas.

Se a Telefónica discordar, a maioria simples dos votos é suficiente, e os compradores italianos têm 57,7 por cento da Telco, contra os 42,3 por cento da Telefónica.

Os investidores italianos também buscarão um acordo com a Telefónica sobre a entrada de novos investidores italianos na Telco.

As empresas reiteraram que os investidores italianos compraram antes da Telefónica os direitos sobre qualquer ação da Telco que esteja à venda.

Os investidores também esclareceram as participações de cada empresa no consórcio, já que havia discrepâncias entre os comunicados da Telefónica e dos investidores italianos divulgados no sábado, quando o acordo foi anunciado.

O Generali terá 28,1 por cento da Telco, o Intesa SanPaolo e o Mediobanca 10,6 por cento cada e o Sintonia, empresa de investimento dos Bennetons, 8,4 por cento.

O órgão regulador do mercado italiano, o Consob, solicitou mais detalhes sobre o negócio, após a Telefónica anunciar que o acordo lhe dá alguns poderes de veto sobre as decisões do consórcio.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]