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Em reunião com o governo estadual, organizações sindicais e representantes dos trabalhadores apresentaram a proposta de correção do mínimo regional no Paraná. Para o reajuste do salário, eles pedem que a correção seja feita com base do Produto Interno Bruto (PIB) do estado em 2010 acrescido do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do período de maio de 2010 a abril de 2011. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), se seguida essa fórmula, o valor do reajuste seria de 14,84%. O valor é mais que o dobro do que a correção aprovada, na última semana, para o mínimo nacional, que foi de 6,46%. No Paraná, cerca de 350 mil trabalhadores são afetados pelo piso regional.

Na última semana, representantes do empresariado já haviam se reunido com o governo estadual e pediram para que não houvesse correção no salário em 2011. O argumento dos empresários é de que o valor do piso no Paraná já é elevado, comparado com outros estados, e que um novo aumento poderia afetar a produtividade das empresas paranaenses, além de poder causar um aumento no índice de desemprego e emprego informal.

Na reunião, o governo sinalizou que deve aceitar, pelo menos, uma correção com base no INPC, o mesmo índice usado pelo governo federal. Uma próxima reunião está marcada para o dia 16 de março e deve reunir empresários, trabalhadores e governo. Caso haja um consenso, a proposta vai ser enviada para a Assembleia Legislativa do Paraná. Caso contrário, o governo deve fazer uma proposta e enviar para votação. A medida deve ser sancionada pelo governador Beto Richa (PSDB) até o dia 1º de maio.

O piso regional, mesmo não afetando tantos trabalhadores, tem impacto indireto sobre todas as outras negociações. Ele é usado por categorias organizadas e só vale para os profissionais que não tem base salarial estabelecida por acordos ou convenções trabalhistas.

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