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Os trabalhadores avulsos do Porto de Paranaguá, no Litoral do Paraná, estão impedindo o desembarque de fertilizantes de três operadores portuários. O protesto começou no fim da tarde de sexta-feira (24), após uma decisão da Justiça do município que liberou a contratação de pessoal por parte das empresas.

As empresas alegam que não conseguem mão-de-obra suficiente. Dos 200 trabalhadores necessários, apenas 50 estariam disponíveis diariamente pelo sistema de ponto eletrônico. Com isso, os operadores entraram na Justiça para conseguir a liberação de mais contratações de forma direta.

Os sindicatos, contudo, não concordam que esteja havendo falta de mão-de-obra. O presidente do Sindicato dos Arrumadores, Jeremiaz Thomas de Souza, afirmou que as empresas preferiram contratar trabalhadores que não possuem habilitação para manobrar os guindastes usados no desembarque, o que teria levado a suspensão da operação. "Somente os trabalhadores do sindicato têm o curso para manobrar os veículos", explicou.

Para os operadores, a falta de mão-de-obra estaria aumentando em 30% o tempo dos navios atracados no porto. Uma das empresas teria cancelado a vinda de 17 navios somente neste ano pelo mesmo motivo.

A Multitrans, Fortesolo e Rocha Top são as empresas atingidas pelo protesto dos manifestantes. O Sindicado dos Operadores Portuários (Sindop) se reúne durante a tarde desta segunda-feira (27) com representantes do Sindicato dos Arrumadores de Paranaguá para discutir o assunto.

Segundo a assessoria da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), além do protesto, o mau tempo estaria impedindo o desembarque. Para o superintendente da Appa, Eduardo Requião de Mello e Silva, o problema teria razões políticas por causa da implantação do ponto eletrônico, que teria acabado com a exploração de alguns trabalhadores.

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