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Após a compra da segunda maior mineradora de níquel, a Inco, Roger Agnelli, diretor-presidente da Companhia Vale do Rio Doce, disse que pretende quitar o financiamento de US$ 18 bilhões com quatro grandes bancos (Credit Suisse, UBS, ABN AMRO e Santander) em três anos.

Segundo ele, com o bom fluxo de caixa da empresa, o pagamento será possível graças ao crescimento do mercado chinês e as altas cotações das commodities no mercado internacional. Só o níquel acumula valorização superior a 120% nos últimos doze meses, maior nível das últimas duas décadas.

— Os bancos estão muito confiantes de que nós estamos precavidos em relação a essa alavancagem. Os preços dos minérios vão continuar crescendo. A vale é muito disciplinada com o seu balanço. Queremos ter um baixo nível de endividamento. O Brasil não é um investidor, mas a Vale é — disse Agnelli.

A China deve responder por cerca de 40% da demanda mundial de níquel no fim da próxima década. Assim, com demanda garantida e os preços em trajetória de alta, o nível de endividamento da empresa deverá voltará aos atuais níveis em três anos, devido ao bom fluxo de caixa.

Segundo analistas, a Vale, sem a Inco, deve terá fluxo de caixa este ano de R$ 21 milhões. Hoje, o endividamento da companhia, segundo Fábio Barbosa, diretor financeiro e de realações com investidores da CVRD, é de R$ 5,5 bilhões. Com a Inco, o índice salta para R$ 23 bilhões.

Em sua primeira entrevista após a maior aquisição da América Latina, Agnelli disse que é um risco, mas não há motivos para forte preocupação. A empresa não vai reduzir os investimentos já previstos, segundo Agnelli.

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