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Secretário de Educação Superior, Amaro Lins | Wilson Dias/Agência Brasil
Secretário de Educação Superior, Amaro Lins| Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Histórico

Professores e servidores das instituições federais de ensino superior estão em greve há 77 dias por reajustes salariais e melhores condições de trabalho. Confira o histórico do movimento no Paraná:

17 de maio

Início da greve dos professores em todo o país. No Paraná, docentes da UFPR e da UTFPR aderem ao movimento.

24 de maio

Professores da Unila (Universidade Federal da Integração Latino-Americana), de Foz do Iguaçu, também entram em greve.

11 de junho

Começa a greve dos servidores federais. Docentes do Instituto Federal do Paraná (IFPR), da UFPR e da UTFPR decidem apoiar a mobilização.

29 de junho

Em função da greve, conselhos universitários da UFPR e da UTFPR suspendem o calendário letivo.

13 de julho

O Ministério do Planejamento faz a primeira proposta aos professores: reajustes salariais de 20% a 40% até março de 2015. A oferta é rejeitada pelos docentes.

24 de julho

Data da segunda oferta do governo aos professores em greve, agora com reajustes salariais de 25% a 40%. A proposta é rejeitada novamente pela categoria.

30 de julho

Governo adia a reunião com servidores em greve e marca nova mesa de negociação para 13 de agosto. Servidores realizam protestos em todo o país e ameaçam prejudicar o vestibular.

Após 78 dias de greve, estudantes das universidades e institutos federais do país continuam sem perspectiva de volta às aulas diante de mais um impasse. O Ministério da Educação reafirmou nesta quinta-feira (2) a decisão do governo de encerrar a negociação com as entidades de classe dos professores universitários que rejeitaram a proposta de reajuste oferecida pelo governo. Segundo o secretário de Educação Superior, Amaro Lins, o acordo foi fechado com a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais (Proifes) e será enviado ao Congresso. Lins afirmou acreditar no fim imediato da paralisação.

Mas não é o que pensam os demais sindicatos. A presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), Marinalva Oliveira, afirmou que a expectativa da categoria é "fortalecer a greve" e continuar "insistindo nas negociações". "O governo tomou uma decisão unilateral. Só fizemos quatro reuniões, isso não é negociar", disse. Das quatro entidades que representam os docentes federais de ensino superior, apenas a Proifes aceitou a proposta, que prevê reajustes de 25% a 40% até 2015 e redução do número de níveis de carreira de 17 para 13.

O problema é que a federação representa apenas 20 mil de um universo de 130 mil docentes do ensino superior e tecnológico. Destes, 5.222 responderam a uma consulta eletrônica sobre a proposta governamental feita pela entidade. O resultado mostrou que 3.854 (74%) eram favoráveis ao fim da paralisação e 1.322 (25,3%), contrários.

A paralisação atinge 57 das 59 universidades federais, além de 34 dos 38 institutos federais de educação tecnológica.

"Situação difícil"

No Paraná, o retorno às aulas dependerá do que os professores votarem em assembleias. Os docentes da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) –ligados ao Andes – vão decidir os rumos do movimento na próxima terça-feira. "É uma situação difícil. O governo assinou acordo com uma parcela ínfima das instituições que representam os professores", diz Luiz Allan Künzle, presidente da Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná (Apufpr),

Ligados ao Proifes, os professores do Instituto Federal do Paraná (IFPR) decidirão se retornam ou não às aulas na próxima segunda-feira.

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