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De coletor de lixo a motorista, os estudos garantiram a mudança de cargo de Paulo Sérgio Herder | Rodolfo Bührer/Gazeta do Povo
De coletor de lixo a motorista, os estudos garantiram a mudança de cargo de Paulo Sérgio Herder| Foto: Rodolfo Bührer/Gazeta do Povo

Como funciona

Aula normal ou atendimento individual?

Na rede pública de ensino a educação para jovens e adultos acontece de duas maneiras. O aluno pode frequentar a turma regular ou ter atendimento individual. No primeiro caso funciona como uma sala de aula normal, com horário fixo para começar e terminar e com aulas todos os dias. No atendimento individual, o aluno é responsável por montar sua própria grade curricular, além de escolher seus horários. Ele pode fazer por dia quantas horas de aula quiser, o que o permite concluir os estudos em menos tempo.

Quando faz a inscrição para o ensino fundamental ou médio, o estudante passa por uma avaliação de reaproveitamento de estudos. A prova avalia seu conhecimento em cada disciplina para que ele não inicie do zero. Dependendo do resultado, ele pode ter que terminar 25%, 50% ou 75% de uma determinada série. Esse método parte do princípio de que o aluno volta à sala de aula com algum conhecimento de mundo que ganhou durante a vida, por isso nunca terá de fazer 100% da série que parou.

Os professores e o material didático são fornecidos pelo governo do estado, embora algumas aulas aconteçam em escolas cedidas pela prefeitura.

  • A jovem Graziele Gonçalves aposta nos cursos profissionalizantes enquanto não entra na universidade

A Educação de Jovens e Adultos (EJA) também é procurada por jovens com pouco mais de 18 anos que, por não gostarem de estudar, esperam chegar à maioridade para concluir o estudo mais rápido. Segundo a diretora do CEEBJA Paulo Freire, Teresinha Rossi, apenas 10% são pessoas com idade em torno de 20 anos. Nas instituições particulares que oferecem EJA a maioria se enquadra nessa situação.

De acordo com o vice-presidente do Sindicato das Escolas Parti­culares do Paraná (Sinepe-PR), Jacir Venturi, depois que a idade mínima foi estabelecida a demanda nas instituições particulares diminuiu em 30%. Para fazer o ensino fundamental a pessoa deve ter no mínimo 15 anos, e para o médio, 18 anos. Cada série pode ser concluída em seis meses. "Temos alunos de perfis variados, desde os que são do interior e querem retomar os estudos abandonados há muito tempo como os jovens que querem concluir mais rápido", afirma.

Mas alguns jovens e adultos frequentam a sala de aula mais tarde não apenas para recuperar o tempo perdido, mas para se aprimorar para o mercado de trabalho. É o caso de Graziele Raquel Soares, 20 anos, que enquanto não ingressa na universidade decidiu se aprimorar para melhorar o desempenho profissional. Ela trabalha na área de controle de qualidade de uma empresa e faz o curso de assistência administrativa. "Quero ter um diferencial", diz a jovem.

Assim como ela, outros 30 jovens entre 16 e 24 anos assistem às aulas a distância para melhorar suas chances no mercado de trabalho. De acordo com o diretor de marketing da DTcom, empresa responsável pelo curso que Graziele frequenta, João Pros­dó­cimo, o objetivo é ajudar o jovem a conseguir o primeiro emprego ou permanecer nele. "Com a carteira de trabalho vazia mas com um curso profissionalizante, já é um ótimo passo para arrumar emprego", diz.

São de cinco a oito cursos diferentes ofertados por mês e as aulas são televisionadas e por computador. É destinada a jovens de baixa renda que estejam cursando – ou já cursaram – obrigatoriamente o ensino médio.

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