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Em mais uma de suas belas criaturas-criações, Língua, Caetano Veloso cria, procria e recria uma atividade lúdica lexical. A ópera idiomática finda com a pergunta que não quer calar: "O que pode e o que quer esta Língua?"

A língua de Caetano e outros é mesmo a língua portuguesa? Fez-se necessária a reforma-deforma ortográfica?

Não é novidade que não se conhece o idioma materno. O brasileiro metamorfoseou-se em um órfão da língua-mãe. Nunca haverá, no entanto, um povo tão comunicador, tão criativo em diferentes e inúmeros níveis de linguagem.

A linguagem, prima distante e constante da língua, não pode e não deve ser corrigida. Quem fala certo? O que é realmente falar certo?

A tríade da comunicação implica a língua, a linguagem e a fala! Somos todos falantes, somos papa-línguas, mas não somos a língua do papa.

Fernando Pessoa, segundo historiadores e professores de literatura, deixa no ar uma reflexão na dicotomia de uma de suas máximas: " Navegar é preciso, viver não é preciso". A pergunta é: qual o sinônimo adequado para preciso?

Luis Fernando Verissimo, em seu texto O Gigolô das Palavras, diz que "a gramática tem que apanhar todos os dias para saber quem é que manda". Seria a gramática uma dízima periódica de regras e exceções?

Não! A gramática que, segundo Os Paralamas do Sucesso, foi assaltada um dia é um meio, um mecanismo de compreensão e de fazer-se entender. As regras são uma questão de estudo; a escolha das palavras é que é fundamental.

Ótimos estudos! "Vestibular é preciso! Viver também é preciso!" Sei que você tem o DOM. Abraço,

Teste

Tomando por base o período de Carlos Drummond de Andrade: " No meio do caminho tinha uma pedra... ", pode afirmar-se quea) o sujeito é a palavra pedra.b) pedra é adjunto adverbial de lugar.c) o sujeito é inexistente.d) pedra não é palavra cognata de petróleo.e) tinha está no pretérito perfeito do indicativo.

*Professor de Língua Portuguesa do Dom Bosco

Resposta: Letra C. O verbo TER foi usado no sentido de haver, existir, tornando-se impessoal, logo o sujeito é inexistente.

Questão bônusAinda sobre o período "No meio do caminho tinha uma pedra", pergunta-se: a) Como ficaria o período colocado no plural?

b) A substituição de TER por existir implicaria a mesma classificação do sujeito? Justifique.

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