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Lucas, Claiton e Alex Mineiro, cada um ao seu modo, fracassaram na tentativa de relembrar as glórias do passado com a camisa rubro-negra, dando força à “maldição” que vem perseguindo o clube nos últimos tempos | Fotos: Marcelo Elias/ Gazeta do Povo
Lucas, Claiton e Alex Mineiro, cada um ao seu modo, fracassaram na tentativa de relembrar as glórias do passado com a camisa rubro-negra, dando força à “maldição” que vem perseguindo o clube nos últimos tempos| Foto: Fotos: Marcelo Elias/ Gazeta do Povo

O anúncio do fim da carreira de Lucas, na semana passada, deixou ainda mais evidente uma "maldição" que vem perseguindo o Atlético nos últimos tempos: a decepção com a contratação de antigos ídolos. A lista é grande. Alex Mineiro, Claiton e, agora, Lucas. O ex-atacante saiu do clube – e do futebol – alegando que já estava cansado de jogar. "Preferi ficar com a imagem ligada só com coisas boas", afirmou.

Mas o que acontece com boleiros, idolatrados em outros tempos, que não conseguem mais repetir as "glórias do passado", como diz parte do hino do próprio Furacão? Nem eles sabem a resposta, como deixa claro Alex Mineiro, principal herói na grande conquista do Rubro-Negro, o título brasileiro de 2001. "É frustrante para o torcedor e para gente também. Temos uma história dentro do clube e voltamos para tentar terminar a carreira dignamente", lamentou o ex-atleta, que pendurou as chuteiras no ano passado – trabalha atualmente com imóveis em Belo Horizonte (MG).

Diferentemente de Lucas, Alex não saiu de forma amigável do Rubro-Negro, deixando transparecer até hoje uma certa mágoa na relação. "Tudo aquilo que o Lucas, o Claiton, eu e o Geninho fizemos pelo clube... Uma coisa estranha está acontecendo, não sei dizer o motivo. Questão de diretoria mesmo", alfinetou o ex-camisa 9, acrescentando o nome de Geninho, também campeão nacional, à lista.

O volante Claiton, que chegou a disputar parte do Estadual deste ano com o uniforme atleticano, é outro a não encontrar palavras para explicar a sina que acompanha a "volta para casa". Morando em Porto Alegre (RS), ele deixa transparecer as diferenças com o atual departamento de futebol rubro-negro. "Na verdade não tem explicação lógica. Mas eu acho que sempre pode mudar. Às vezes é a maneira de tratar, de trabalhar. Alguma coisa tem", garantiu ele, confiante de que em breve assinará um novo contrato com um time do exterior.

Já Lucas, o mais novo ídolo aposentado, preferiu lembrar de alguns casos de retornos que deram certo. "O Adriano voltou em 2001 e foi bem, o Alex Mineiro tinha ido bem em 2007... Eu não vejo esta mística dos antigos ídolos voltarem e não darem certo. Senão nenhum jogador voltaria", argumentou, emendando uma provocação. "Todo mundo ia querer o Jadson de volta".

Do outro lado da "maldição" está o presidente Marcos Malucelli, responsável pela contratação dos antigos ícones do clube. Mesmo assumindo que os repatriamentos não deram certo, o dirigente diz acreditar que não foi um erro trazer atletas que já tinham feito história no clube.

"Como eu ia saber que o Claiton ia se machucar no primeiro dia de treino, que o Alex Mineiro não ia conseguir mais entrar em forma e que o próprio Lucas, que chegou aqui bem, ia se aposentar?", indagou. "O Lucas chegou com um porcentual de aprovação de mais de 90%. A cada dez pessoas, tinha nove que acreditavam", completou o comandante do clube.

No entanto, Malucelli fez questão de lembrar que trazer ídolos que acabaram não dando certo não é exclusividade da sua gestão. Ele cita Kelly, Alberto e Rogério Corrêa, que retornaram em 2008, antes de o atual dirigente chegar à presidência do Atlético. "Tem um que pode dar [certo] ainda que é o Kléberson. Mas, por enquanto, é incógnita", lembrou o dirigente. O Rogério Corrêa, o Alberto, o Kelly, o Claiton, o Alex Mineiro e o Lucas não deram certo. A responsabilidade agora é do Kléberson. Tem que quebrar este retrospecto negativo", ressaltou Malucelli.

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