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Para surpreender aos mais desatentos, mas premiar um dos melhores elencos do Campeonato Paranaense 2006, a Adap venceu o Atlético por 2 a 1 na tarde deste sábado em plena Arena da Baixada. Além da vitória, a Adap conseguiu a classificação para as semifinais do Estadual e derrubou a invencibilidade atleticana que, jogando em casa, não perdia há 25 jogos.

Tudo "conspirou" para que a Adap conseguisse esse feito. A tática armada pelo técnico Gilberto Pereira pegou o Furacão de surpresa, já que os jogadores foram a campo motivados, e acima de tudo, ousados. Time com a melhor campanha até a penúltima rodada da 1.ª fase, o representante do Noroeste do Paraná "peitou" o Atlético.

Logo aos 9 minutos a Adap abriu o placar com Alex Noronha. O time da casa, então, reagiu e impôs uma pressão muito grande aos visitantes. Nesse ritmo, os jogadores do Atlético foram para cima e marcaram dois gols, mas os dois foram anulados pela arbitragem. O Furacão conseguiu finalmente empatar aos 32, mas em seguida tomou o segundo gol (aos 34). Logo depois o Atlético marcou mais uma vez, só que novamente o gol foi anulado pela arbitragem.

No segundo tempo a vantagem, apesar da pressão do 1.º tempo, continuou com a Adap que soube administrar o resultado com muita competência até o apito final. Agora o time mourãoense enfrenta o vencedor de Coritiba e J. Malucelli, que entram em campo neste domingo.

O Atlético, como um todo, sentiu muito a polêmica gerada pela viagem de Lothar Matthäus à Alemanha (o treinador pediu demissão na noite desta sexta-feira). O treinador abandonou o time no momento mais importante da temporada e deixou a "bomba" nas mãos do auxiliar Vinicius Eutrópio. Ao final do jogo, vendo a desclassificação do time e a perda da vaga na Copa do Brasil em 2007, a torcida gritou e protestou contra a diretoria atleticana gritando "Vergonha, Vergonha".

Primeiro tempo

O jogo começou eletrizante, como não podia deixar de ser. Os dois times partiram para o ataque, sem se preocuparem muito com o sistema defensivo que ficava, por vezes, desguarnecido. Porém, essa ousadia encheu os olhos dos torcedores que foram à Arena da Baixada.

Para a surpresa da grande maioria, que esperava uma Adap mais cautelosa, o time visitante abre o placar logo aos 9 minutos de jogo. Depois de uma cobrança de falta sem muito propósito, o goleiro Thiago Cardoso não conseguiu segurar a bola que caiu na pequena área. Alex Noronha apareceu e tocou para as redes do goleiro atleticano.

A partira dali o Atlético promoveu uma verdadeira avalanche de jogadas perigosas contra o gol de Fábio. As oportunidades foram surgindo com os atacantes Rodrigão e Dagoberto, além do apoio sempre presente do meia Ferreira.

Os torcedores atleticanos passaram a incentivar o time com muito mais vibração. Só que além desta vibração, os gritos de ameaça e vaias ao auxiliar Roberto Braatz também surgiram. Em duas oportunidades, Braatz anulou dois gols para a equipe atleticana – marcados por Rodrigão - sob a alegação de impedimento.

De tanto pressionar, o Furacão conseguiu empatar o jogo aos 32 minutos de jogo. Numa cobrança de escanteio de Dagoberto, a bola foi na primeira trave para Rodrigão se antecipar à marcação e cabecear nas redes do goleiro Fábio. Porém, logo depois (aos 34 minutos), numa outra jogada de escanteio, só que desta vez para a Adap, Ângelo cruzou para Dezinho cabecear para o gol.

Aos 39 minutos, um novo gol impedido. No calor da partida, que estava emocionante, o lance que gerou muita polêmica. Na jogada atleticana, a bola foi chutada para o gol e desviou em alguém antes de entrar. O atacante Rodrigão comemorou, mas o auxiliar marcou novo impedimento na jogada.

Daí, jogadores, comissão técnica e torcedores do Atlético ficaram revoltados dizendo que a bola bateu no zagueiro Dezinho antes de entrar, não em Rodrigão. No entando a dúvida persistiu, já que o impedimento teria acontecido no nascedouro na jogada. Na confusão, o técnico Vinicíus Eutrópio e o goleiro reserva Cléber, do Atlético, foram expulsos.

A torcida passou a cantar sem parar tentando fazer valer a histórica vantagem Rubro-negra de mandar jogos na Arena.

No 1.º tempo, mais nada aconteceu. A não ser o presidente do Conselho Deliberativo do Atlético, Mário Celso Petraglia, que foi ao gramado tirar satisfações com o trio de arbitragem. Depois de um "dedo em riste" e muitos palavrões, Petraglia empurrou microfones e repórteres no caminho de volta ao "pombal" da diretoria.

Segundo tempo

Para o segundo tempo, o técnico da Adap, Gilberto Pereira, não fez nenhuma modificação. Mas disse que o time precisava manter um ritmo forte, sem se dar muitos espaços ao Atlético. Vinícius Eutrópio, que foi expulso, também não mexeu na equipe atleticana.

A novidade do dia foi uma nova medida imposta pelo Atlético para dificultar o trabalho da imprensa. Todos os jogadores do Furacão foram proibidos de falar com os repórteres no gramado (na saída do 1.º tempo, volta para o 2.º e final de jogo).

O segundo tempo começou em outro clima e ritmo. Os dois times trabalhavam mais a bola, ao invés da correria vista na primeira etapa. Mesmo assim, as chances de gol para os dois lados continuaram a aparecer. A Adap, por exemplo, mesmo sem um atacante de referência chegou com perigo por duas vezes ao gol atleticano.

O Atlético não conseguiu manter a pressão que impunha no 1.º tempo e viu a Adap continuar com o domínio da partida. As chances rarearam e em poucas oportunidades – por exemplo aos 30 minutos numa bola na trave com Pedro Oldoni – o Atlético ameaçou a vantagem mourãoense.

A torcida começou a pressionar muito os jogadores, que sentiram a responsabilidade do resultado. Confusões e brigas no gramado e empurra-empurra na torcida atleticana marcaram os minutos finais do jogo.

Com o apito final do árbitro, o grito de alívio e alegria dos jogadores da Adap e a tristeza dos atleticanos, foram abafados pelos aplausos vindos das arquibancadas em reconhecimento ao desempenho da Adap durante todo o campeonato

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