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No dia do anúncio da saída de Alex Mineiro do Atlético, o atacante Maikon Leite deixou o treinamento carregado, com dores no tornozelo, e é dúvida contra o Bugre | Valterci Santos / Gazeta do Povo
No dia do anúncio da saída de Alex Mineiro do Atlético, o atacante Maikon Leite deixou o treinamento carregado, com dores no tornozelo, e é dúvida contra o Bugre| Foto: Valterci Santos / Gazeta do Povo

Atleticanas

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O volante Deivid, o atacante Nieto e o lateral-direito Wagner Diniz foram vetados pelo departamento médico para o jogo de amanhã contra o Guarani. O último, por estar suspenso, já não iria atuar de qualquer forma. O atacante Guerrón e o meia Paulo Baier também desfalcam a equipe, pois ficarão em Curitiba fazendo trabalhos físicos.

Maikon Leite

No treino de ontem, o atacante sentiu uma lesão no tornozelo esquerdo, mas viajará com o time. Caso não esteja 100% recuperado, será substituído por Netinho.

Novidades

Em relação ao time que empatou com o Corinthians, o zagueiro Leandro (na lateral direita), o volante Vítor e o atacante Thiago Santos devem ser as novidades.

Ídolo da torcida, o atacante Alex Mineiro teve ontem encerrada a sua terceira passagem pelo Atlético – de longe, a menos brilhante. O jogador, que tinha o maior salário do elenco rubro-negro, assinou a rescisão do contrato de trabalho em uma negociação que durou mais de um mês e que não teve o desfecho esperado pelas duas partes.

Desde que foi afastado do elenco principal por indisciplina, no final de julho, Alex Mineiro vinha discutindo nos bastidores a sua saída. Do lado do Atlético, pela história do atacante no clube, a intenção era chegar a um acordo financeiro para que ele pudesse inclusive se despedir da torcida, como informou o diretor de futebol, Valmor Zimmer­­mann.

"A nossa ideia era fazer um jogo de despedida. Mas parece que azedaram um pouco as coisas", la­­mentou o dirigente. "Ele foi um jogador muito importante. Em 2001 eu estava com o grupo durante o Brasileiro que ganhamos", lembrou Zim­mer­mann.

O dirigente se referiu ao principal momento do atleta na Baixada, que inclui o título nacional de 2001, quando marcou oito gols nas quatro últimas partidas. Em 2007, sua segunda passagem pelo Atlé­tico, fez 17 gols no Pa­­ranaense. Desta vez, marcou apenas três vezes, totalizando 175 jogos pelo Furacão e 76 gols.

Segundo a diretoria atleticana, o problema estava nos procuradores de Alex Mineiro, que não aceitavam a rescisão de contrato – na qual o clube pagaria metade dos salários que o jogador ainda iria receber. Por sua importância histórica, a diretoria teria aceitado ne­­gociar e bancar mais do que estava previsto no contrato.

Mas nenhum dos procuradores veio a Curitiba para fechar a negociação, dando a entender ao clube que estariam "enrolando" para que o atacante recebesse os salários até o fim do ano. Ontem, surpreendentemente, o jogador decidiu assinar a rescisão.

Questionado sobre o assunto, o técnico Paulo César Carpegiani lamentou. "Eu não gostaria nem de entrar nisso. Ele é uma estrela. Acho que o Atlético deve muito ao Alex. Eu fui treinador dele em 2001 [no início da temporada], com o Kléber [Pereira]. Fizemos uma campanha excelente. Eu conheço o Alex de bastante tempo, tudo aquilo que ele fez", contou.

Porém a história pode não acabar assim. A maior parte do salário de Alex Mineiro vem do direito de imagem, que não está registrado na carteira de trabalho, e não entrou no cálculo da rescisão. O jogador pode ter sido orientado pelos procuradores a assinar mesmo assim, para que depois eles possam recorrer na Justiça. Um fim de relação melancólico.

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