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Quando os atleticanos saí­­rem da sede dos Fanáticos a caminho do Couto Pe­­reira, no domingo, levarão junto de si a alma de tantos rubro-negros que já gri­­taram o no­­me do Atlético pelos recan­­tos mais longín­­quos deste continente.

Em 1990, os dois clássicos decisivos do Cam­­peonato Para­­naense foram no Couto Pereira. No primeiro jogo da decisão, o placar apontava 1a 0 para o Coritiba. Quando o juiz se aprontava para dar o apito fi­­nal, o goleiro coxa-branca, Gér­­son, saiu da área e meteu a mão na bola. O maestro Gil­­berto Cos­­ta levantou a pelota na cabeça do carrasco Dirceu, que cumpriu mais uma vez seu ritual de marcar em Atletibas, estufando a rede alviverde.

No segundo jogo o Atlético saiu na frente com Dirceu, logo no começo do jogo, mas o Coxa virou com gols de Pachequinho e Berg. O título parecia decidido.

Foi quando apareceu um dos personagens mais emblemáticos da história dos Atle­­tibas. Ode­­milson cobrou o lateral e a zaga do Coritiba tentou afastar por duas vezes. Eis que surge o za­­gueiro Berg, tentando recuar para o goleiro. A bola acaba encobrindo Gérson e caindo dentro do seu próprio gol: 2 a 2, Atlético campeão pa­­ranaense de 1990.

A semelhança com a situação atual se resume em uma pergunta. Qual o problema em decidir no Couto Pereira? Nenhum! A maioria dos títulos atleticanos foram conquistados dentro do reduto coxa. Salão de festas? O termo cabe bem.

Nossa torcida é reconhecida no Brasil inteiro pela vibração e apoio ao time, em qualquer situação. Taffarel, goleiro te­­tracampeão do mundo pelo Brasil, perguntado sobre qual foi o estádio mais difícil em que ele jogou, respondeu sem titubear, "a pressão na Baixada é indescritível, maior que na Bombonera".

Pressão no Couto Pereira? Pra quem joga na Baixada isso faz parte do jogo, e time grande, de primeira divisão, está acostumado e gosta de jogar sob pressão.

Quando os atleticanos saírem da sede dos Fanáticos a caminho do Couto Pereira, no domingo, levarão junto de si a alma de tantos rubro-negros que já gritaram o nome do Atlé­­tico pelos recantos mais longínquos deste continente. Levarão na sua lembrança tantos títulos levantados fora do Caldeirão, entre eles o de campeão brasileiro de 2001, erguido no Anacleto Campanella, em São Caetano do Sul.

E, sobretudo, levarão nos seus corações o grito que só nós sabemos fazer ecoar nos estádios. Não na hora de um título ou numa vitória fácil, mas nos momentos mais difíceis, onde a magia de nossa torcida sempre faz a diferença.

Pode chover, pode molhar, o rubro-negro é o campeão do Paraná!

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