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 | Amr Abdallah Dalsh / Reuters
| Foto: Amr Abdallah Dalsh / Reuters

Os angolanos que rumaram em massa para o estádio em Luanda para participar do jogo de abertura da Copa Africana de Nações esperam que possam resgatar o orgulho nacional depois que um ataque armado que matou componentes da delegação do Togo lançaram uma sombra enorme sobre o maior torneio de futebol da África.

Angola e Mali devem começar a partida inicial às 17h (horário de Brasília), depois de uma cerimônia de abertura que terá fogos de artifício suficientes para iluminar por completo o estádio com capacidade para 50 mil pessoas que foi construído para a competição.

Jacob Zuma, presidente da África do Sul, nação que sediará a Copa do Mundo em junho próximo, era esperado para participar da partida inicial, ao lado de outros líderes africanos.

O campeonato, que termina em 31 de janeiro, é um dos maiores esportivos da África e deve ser assistido por milhões de pessoas.

Os organizadores dizem que será respeitado o minuto de silêncio pelos componentes da delegação de Togo que foram mortos durante o ataque armado ao passar pela província de Cabinda, ao norte de Angola, que o governo angolano diz serem insurgentes separatistas.

A Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC) declarou que não descarta mais ataques, mas as autoridades garantiram as condições de segurança.

"Este é um grupo de pessoas que tem pouca ou nenhuma coordenação. Nós endurecemos as medidas de segurança para assegurar que isso não aconteça novamente", disse à Reuters Antonio Bento Bembe, ministro angolano para assuntos relacionados a Cabinda.

Togo vai deixar Angola e não vai disputar o torneio, disse o capitão da seleção Emmanuel Adebayor neste domingo, ainda que um porta-voz da equipe tenha dito que a decisão final ainda não havia sido tomada.

Os organizadores do evento organizaram uma reunião de emergência no sábado, antes de finalmente anunciarem que o torneio de fato seria disputado.

De qualquer maneira, a expectativa dos fãs de futebol neste domingo estava alta, conforme as pessoas se encaminhavam para a longa avenida de 10 quilômetros que levava ao estádio, toda enfeitada com bandeiras e faixas, que traziam as mensagens "Orgulho de ser Angolano" e "Vamos Angola."

"Esse é um dia para ficar na memória. Todo mundo está assistindo ao torneio e sabemos que ele será um sucesso," disse Landira Silva, de 22 anos, que estava na entrada do estádio.

"Eu estou apostando que Angola vencerá Mali por 3 x 1", disse João Souza, enquanto se espremia pela multidão que lotava a entrada central do estádio. "Tenho certeza que vamos vencer."

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