O novo carro da Stock Car, que estreia nesta temporada na categoria, agradou à maioria dos pilotos no primeiro teste, realizado no Autódromo Nelson Piquet, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio de Janeiro. No entanto, a alta temperatura no interior do cockpit, ainda maior que no modelo antigo, foi alvo de reclamações dos pilotos.

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Ricardo Maurício, atual campeão da categoria, acha que os pilotos não terão dificuldades de adaptação ao novo modelo. O atual projeto substitui o bólido usado até a última temporada e que estreou na Stock Car em 2001. A Stock Light continuará usando o modelo antigo.

"O carro é bem confortável, mas é lógico que ainda existem alguns ajustes a serem feitos. Acho que não teremos dificuldades de adaptação. Será um começo de temporada muito bom", diz Ricardinho, após testar o novo modelo da Stock.

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Cacá Bueno, bicampeão da Stock em 2006 e 2007, destacou alguns problemas no modelo. Dois pontos o preocupam: o cardã, que liga uma ponta do cárter (reservatório de óleo) à outra, tem uma proteção muito fina. Além disso, o cano do escapamento passa dentro do cockpit.

"A gente deu uma voltinha e a pedaleira chegou à 78ºC de temperatura. Tudo é muito quente dentro do carro. Chega fácil aos 60ºC. Com as novas soluções, o calor vai diminuir, mas precisamos estar melhor preparados fisicamente.

Allam Khodair, piloto da equipe Full Time, minimizou os problemas iniciais do carro. Segundo ele, isso é normal nos projetos novos e acontece até na Fórmula 1.

"Como em toda novidade, existe um tempo até o projeto ficar 100%. Por exemplo, mesmo com com Bernie Ecclestone, Flavio Briatore e as maiores montadoras do mundo envolvidas, os carros precisam de ajustes. Não é aqui no Brasil que a gente vai querer algo que fique perfeito de cara. As providências tomadas após o primeiro teste foram boas e vamos chegar ao início da temporada com o espetáculo completo", diz Khodair.