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Cielo: "Uma sensação que tenho desde minha volta é que as pessoas prestam muito mais atenção nas coisas que falo" | Satiro Sodré / CBDA
Cielo: "Uma sensação que tenho desde minha volta é que as pessoas prestam muito mais atenção nas coisas que falo"| Foto: Satiro Sodré / CBDA

A medalha de ouro olímpica nos 50 metros livre nos Jogos de Pequim teve, além da celebridade, uma consequência que César Cielo não esperava: de repente, o nadador descobriu que virou uma espécie de "mestre" não só entre os colegas que treinam com ele na Universidade de Auburn, nos Estados Unidos, como também fora das piscinas.

O fenômeno, segundo o atleta, aconteceu espontaneamente. O chefe das equipes de natação e saltos ornamentais da universidade, Richard Quick, ficou muito doente e seu assistente, o australiano Brett Hawke, teve de acumular as funções do superior Como Brett é o treinador de Cielo, este acabou informalmente convocado para ajudar o técnico, orientando os colegas mais jovens nas horas vagas.

"Passei a dar uma força para o Brett como uma espécie de auxiliar", contou Cielo. E como professor, o nadador, de apenas 22 anos, parece estar se saindo bem. "Uma sensação que tenho desde minha volta aos Estados Unidos (após a medalha olímpica) é que as pessoas prestam muito mais atenção nas coisas que falo, como seu eu fosse, sei lá, um mestre. Se vou dar alguma dica para alguém, por exemplo, o pessoal em volta para tudo e me escuta".

A admiração dos norte-americanos por Cielo surge também fora das piscinas. Ele conta que foi convidado a ministrar uma palestra no Oregon. "Ainda não tenho tanto conhecimento para falar de técnicas de natação ou coisas do gênero", disse com modéstia. "É mais para falar sobre motivação, como manter o entusiasmo mesmo quando os resultados não aparecem".

Mas "Mestre Cielo" sabe que a admiração dos norte-americanos só vai continuar se conseguir manter uma série de bons resultados em eventos importantes, como o Mundial, em julho, em Roma. Para isso, será necessário voltar a pegar pesado nos treinos. "No Grand Prix de Austin (primeira competição na temporada), tomei um choque no corpo", disse tentando explicar como seu organismo sentiu a volta às competições de alto nível. "Mas serviu para dar aquela acordada e agora estou treinando melhor".

Cielo confirmou que só volta ao Brasil para o Troféu Maria Lenk, em maio - competição que deve encerrar sua preparação para o Mundial. Antes disso, porém, pretende participar de alguns eventos, de preferência nos Estados Unidos. "Eu e o Brett estamos procurando provas com piscinas em metros. A maioria das provas universitárias aqui são em jardas", explicou.

NOVO MAIÔ - No Mundial, César Cielo pretende estrear um novo maiô feito a partir de suas orientações. "Já fiz algumas provas e a roupa deve ficar pronta em duas semanas". O nadador está otimista na possibilidade de a empresa Arena atender seu pedido de elaborar um maiô com detalhes em verde, da cor da bandeira do Brasil. "Acho que não vai dar na parte de tecido já que a cor poderia alterar o peso do material. Mas acho que poderão conseguir fazer alguma coisa na parte de borracha".

Cielo conta que ainda que está trabalhando em dois outros protótipos de maiôs. "Mas não devo usar algum dos modelos no Mundial porque ainda não cheguei a competir com eles".

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