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O Coritiba passou a semana ouvindo pedidos de valores astronômicos dos treinadores que almejava para substituir o demitido Marquinhos Santos. Para não estourar o cofre do clube com salários de R$ 200 mil a R$ 300 mil pedidos pelo trio Caio Jr., Celso Roth e Adilson Baptista, que também exigiam ter suas próprias comissões técnicas, a solução foi recorrer a um treinador que andava esquecido.

Péricles Chamusca chega ao Coritiba nas mesmas condições que Vagner Mancini veio para o Atlético: com o peso de maus resultados nas últimas equipes que comandou. Após ser apontado como o grande nome da renovação de treinadores, quando despontou com o vice da Copa do Brasil de 2002, pelo Brasiliense, e o título de 2004 da mesma competição pelo Santo André, o treinador de 48 anos não conquistou mais nada de relevante. Mas, assim como Mancini no Furacão, tem a chance de calar a boca dos críticos, dependendo da postura que tiver à frente do elenco alviverde.

Ou seja, Chamusca é uma aposta. E como toda aposta, pode render uma bolada. Como também pode afundar ainda mais o buraco que o Coxa se meteu no segundo turno do Brasileiro – tal e qual um apostador endividado que se apega a mais apostas e mais apostas para tentar sair do vermelho.

Potencial para reverter essa situação Chamusca tem. Ninguém é vice e campeão de uma competição forte como a Copa do Brasil com dois times pequenos e sem medalhões sem passar pelo crivo da competência individual. E o fato de ter um gênio como Alex na busca dessa recuperação há de ser muito bem pesado nessa balança.

Porém, talvez o Coritiba tivesse uma solução mais adequada bem ao seu lado, em uma aposta menos arriscada e ainda mais barata. Sem ter o que fazer até o início do ano que vem, quando começa o Paranaense, o técnico Cláudio Tencati, do Londrina, preencheria muito bem o perfil que o presidente Vilson Ribeiro de Andrade tanto quer para o Coxa. É jovem, estudioso e trabalhador. Com uma vantagem em relação a Chamusca: é muito mais enérgico na hora de cobrar o elenco. E o que os jogadores do Coxa mais precisam no momento não são orientações técnicas ou táticas, mas sim de alguns belos puxões de orelha.

Sinergia

A sinergia da torcida atleticana com o time é um trunfo que nenhum outro time tem no Brasileirão – nem o líder Cruzeiro chega a ter uma parceria tão grande com seus torcedores. O reconhecimento da torcida em relação ao esforço do time após a derrota para o Vitória foi algo de emocionar.

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