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Antônio Lopes não perdeu tempo e já treinou o time ontem em Porto Alegre, no CT do Internacional: escapar do rebaixamento no Brasileiro, segundo ele, é “totalmente possível” | Hedeson Alves/ Gazeta do Povo
Antônio Lopes não perdeu tempo e já treinou o time ontem em Porto Alegre, no CT do Internacional: escapar do rebaixamento no Brasileiro, segundo ele, é “totalmente possível”| Foto: Hedeson Alves/ Gazeta do Povo
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Mercado

Diretoria suspende busca por reforços

A busca pelo centroavante que o ex-técnico Renato Gaúcho tanto pedia está suspensa temporariamente. Com a chegada de Antônio Lopes, a diretoria do clube está preferindo a cautela, já que o novo treinador pode ter outras prioridades que não sejam a chegada de um atacante de área.

"Vamos esperar que ele [Lopes] avalie o elenco e veja o que precisa", explicou o diretor de futebol Alfredo Ibiapina, que cansou de ouvir reclamações de Renato a respeito da falta de um camisa 9. Por enquanto, o novo treinador não pediu reforços, já que vai esperar a partida contra o Grêmio, amanhã, às 16 horas, para analisar com mais calma o elenco e as suas necessidades. A diretoria, porém, não terá muito tempo para garimpar nomes no mercado. O prazo de inscrição de atletas no Brasileiro termina no dia 23 de setembro. (GR)

  • Veja o declínio de Antônio Lopes

O termo adeus definitivamente não consta no dicionário que Atlético e Antônio Lopes compartilham. Nas quatro oportunidades anteriores em que o treinador dirigiu o clube, as despedidas dos jogadores e da diretoria certamente foram resumidas a um simples "até logo". De­­pois de 18 meses longe de Curitiba, mais uma vez o Delega­­­do retorna à Baixada. O objetivo? Salvar o Furacão da Segunda Divisão.

Lembrado principalmente pelo vice da Libertadores em 2005, a versão 2011 de Lopes, aos 70 anos, já não pode ser enquadrada como uma contratação certeira, mas como uma aposta no passado e na ligação com o Rubro-Negro.

Ao segundo lugar no torneio continental, emendou o título nacional pelo Corinthians há seis temporadas. O ponto alto nos últimos anos. Desde então, se acostumou a acumular resultados ruins ou medianos por onde passou: Vasco, Avaí, Vitó­­ria e América-MG – seu último clube, onde ficou apenas quatro jogos –, além do Atlé­­tico em 2007 e 2009-2010.

É contra esse retrospecto que Lopes precisa lutar para salvar o Atlético da de­­gola. Com a necessidade de um aproveitamento de cerca de 55% até o fim do Nacio­nal, terá de ser ligeiramente me­­lhor que nas passagens de 2005 e 2009-2010, quando conquistou 54% dos pontos disputados.

As dificuldades – e os insucessos recentes – parecem não incomodar o experiente técnico. "O treinador fica com essa situação de ter de ganhar sempre, só que isso é humanamente impossível. Mas é lógico que trabalhamos para vencer. Quero sempre ga­nhar", afirmou o Delegado, que não quis saber de perder tempo e já comandou um treino tático na tarde de ontem em Porto Alegre, onde o time enfrenta o Grêmio amanhã.

Lopes reconhece que a má colocação da equipe no campeonato, afundado na penúltima posição, com 18 pontos, coloca ainda mais pressão no trabalho. Algo que diz ser normal e suportável. "É mais um desafio em decorrência da situa­ção na qual o Atlético se en­­contra. O clube tem boa estrutura, dá boas condições de trabalho, tem um grupo bom e qualificado de jogadores. Isso tudo me fez aceitar o desafio", contou ele, acrescentando que escapar da Segunda Divisão é "totalmente possível".

O técnico, contudo, chega sa­­bendo que não era o número 1 da cúpula rubro-negra. Respon­­sá­­vel pelo departamento de fu­­tebol, Alfredo Ibiapina negociou com Paulo César Carpegiani até esbarrar na alta pedida salarial.

Mesmo assim, o dirigente diz confiar que o Delegado vai tirar o Rubro-Negro da zona do rebaixamento. "É um treinador que tem o maior prazer de treinar o Atlé­tico, gosta e conhece o clube e os problemas. Está acostumado com esse tipo de situação que estamos vivendo. Tenho certeza de que vai fazer um bom trabalho", comentou Ibiapina, como sempre esbanjando otimismo.

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