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 | Rodolfo Bührer / Agência de Notícias Gazeta do Povo (Arquivo)
| Foto: Rodolfo Bührer / Agência de Notícias Gazeta do Povo (Arquivo)

No primeiro round da briga judicial que se transformou a permanência de Ariel Nahuelpan no Coritiba, o jogador saiu vencedor. No final da tarde desta terça-feira (22), o juiz da 11ª Vara do Trabalho de Curitiba, Pedro Celso Carmona, julgou improcedente os pedidos formulados pelo clube, de prorrogação automática do contrato do atacante por mais 3 anos. Cabe recurso.

Na sentença, o magistrado afirma que "o prazo de 05 (cinco) anos fixado no primeiro contrato firmado pelas partes não possui amparo na legislação aplicável ao caso, eis que, em princípio, o artigo 30 da Lei 9.615/1998 (Lei Pelé) não tem incidência para o caso de atleta estrangeiro. Isto porque, referido artigo 30 estabelece prazo de vigência para o contrato de trabalho. Ocorre que no caso de atleta estrangeiro, o prazo de vigência do é de no máximo 02 (dois) anos".

Dessa forma, pelo menos em princípio, Ariel está livre para deixar o Couto Pereira ao término do seu compromisso de dois anos com a equipe, dia 31 de julho. E especulações já apresentam possíveis destinos para o camisa 9: dois clubes da Primeira Divisão, Palmeiras e Fluminense, teriam interesse em contar com o artilheiro.

Questionado sobre a sentença, o vice-presidente de futebol alviverde, Vilson Ribeiro de Andrade, preferiu não se manifestar. "Da minha experiência como advogado, aprendi que sentença se cumpre ou se recorre. Não se comenta", disse o dirigente. Após análise do departamento jurídico sobre quais caminhos tomar, o Coxa irá emitir uma nota oficial sobre o assunto -- provavelmente, na próxima sexta-feira. Antes da decisão de ontem, atleta e clube estiveram frente à frente em audiência, no dia 11 de junho. Porém, a proposta de conciliação por parte do Coritiba, com aumento de salários, não foi aceita pelo argentino. Além disso, o Coxa tentou sensibilizar o procurador de Ariel, em uma viagem de Ribeiro de Andrade até Buenos Aires. No entanto, mais uma vez, nada feito.

Assim, ao que tudo indica, deverá mesmo ficar nas mãos da Justiça do Trabalho o futuro do atleta. Henrique Caron, advogado de Ariel, foi procurado pela reportagem, mas não atendeu as ligações.

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