O desejo de ex-jogadores do Coritiba de tornar a conquista do Torneio do Povo, em 1973, equivalente à do Brasileiro de 1985, foi o estopim para o clima político do clube começar a esquentar para as eleições de dezembro.

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Aladim, ponta-esquerda no título que completou 34 anos em março, organizou um jantar na noite de terça-feira e convidou todos os que participaram da final contra o Bahia, na Fonte Nova, vencida pelo Coxa, após empate por 2 a 2.

A intenção é de enviar à CBF um requerimento pedindo para que o Torneio do Povo seja elevado ao status de Campeonato Brasileiro, valendo inclusive uma segunda estrela na camisa alviverde. A competição reunia as equipes de maior torcida em cada estado.

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"Quem tem legitimidade para requerer esse tipo de coisa é o presidente. E o presidente nem sabia do jantar. É politicagem barata. Não podemos entrar nessa quando estamos tentando subir para a Primeira Divisão", reclamou o presidente Giovani Gionédis.

Aladim defendeu-se alegando que não tem nenhuma intenção de concorrer a algum cargo no Alto da Glória. Boatos colocavam o ex-ponta como vice-presidente na chapa encabeçada pelo conselheiro Celso Moreira.

"Estou fazendo isso pelo bem do Coritiba. Não tenho o menor interesse de sair candidato a alguma coisa. No duro mesmo, se quisesse ir para a política do Coritiba já teria virado sócio e conselheiro. Nem isso eu sou e não tenho nada contra o Gionédis", ponderou. "Vamos até o último fio de esperança para conseguir mais uma estrelinha para a nossa torcida", reiterou ele, que atualmente é vereador de Curitiba.

O jantar contou com ídolos como Jairo, Dreyer, Marinho, Reinaldinho, Sidnei Botini e Cláudio Marques. Mas outros ícones como Hidalgo, Kruger e Nilo não compareceram.

"Existe o cerimonial do clube dirigido pelo Faisal Braim que organiza esse tipo de encontro mensalmente e está de parabéns. Não fui porque havia pessoas com outros interesses", disse Hidalgo, comentarista da rádio Clube.

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No Rio de Janeiro a CBF admite que vai analisar o pedido dos ídolos coxas-brancas, mas já adianta que sem a anuência do clube fica mais difícil atender ao requerimento.

"Todo pedido é analisado, mas o ideal é que seja feito pelo clube ou pela Federação", avisou Rodrigo Paiva, assessor de comunicação da entidade. Nem mesmo a conquista do Flamengo na Copa União de 1987 é reconhecida. "Para a CBF o campeão brasileiro de 87 é o Sport Recife", emendou.

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