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Arena para briga de galos em Ibagué, diversão para colombianos. | Jonathan Campos, enviado especial/Gazeta do Povo
Arena para briga de galos em Ibagué, diversão para colombianos.| Foto: Jonathan Campos, enviado especial/Gazeta do Povo

Assim que o sol raia nas manhãs de sábado em Ibagué, Alberto Gomes inicia um ritual de preparação nos fundos do Restaurante Gallera Mirolindo, na região de mesmo nome, a mais pobre da cidade colombiana de 600 mil habitantes, distante 200 quilômetros da capital Bogotá.

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Este é o dia da semana mais importante para Gomes. Horas mais tarde, dezenas de locais ultrapassam as mesas de plástico do bar com aspecto de beira de estrada, vencem um estreito corredor e alcançam a pequena e fumegante arena onde um esporte violento proibido há décadas no Brasil se mantém vivo, dentro da lei, na Colômbia: a rinha de galo.

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Similar a um campinho de futebol com grama sintética e cercado por grades e pequenas arquibancadas, a areninha é dominada por símbolos do Deportes Tolima, pintados repetidamente nas paredes.

O time colombiano, o único de Ibagué, é o adversário do Athletico na estreia da Libertadores, nesta terça-feira (5), às 21h30, no estádio Manuel Murillo Toro.

Aos sábados, entretanto, nada de futebol. A cinco quilômetros do estádio, bancadas tomadas, começam as rinhas, assim como as apostas e cacarejos aflitos. “São cerca de 30 a 40 brigas por sábado”, explica Gomes, cabelos grisalhos, ao lado da filha adolescente e da esposa que comanda o balcão do bar.

“O lugar fica completamente lotado”, reforça, tranquilamente, enquanto um caldeirão fumegante de sopa de galinha esfumaça o local em uma segunda-feira tranquila.

Ali, a violência da tradição é encarada com naturalidade e orgulho. As lutas duram 12 minutos e terminam quando um galo foge, ou morre. “Há pessoas aqui que apostam valores altíssimos”, pontua o administrador do local, que permitiu à reportagem que tomasse fotos do espaço, mas não de si próprio e da família.

Sangue, maus-tratos animais, violência e tradição à parte, o experiente gallero hesita quando perguntado sobre as chances do Tolima frente ao Furacão. “Vamos esperar para ver, nosso time ainda não está bem neste ano”, enfatiza.

Legislação

No Brasil, a proibição das rinhas de galo remonta à década de 1960. Em 61, o então presidente Jânio Quadros, publicou o decreto 50.620, proibindo as brigas em todo o território nacional, assim como qualquer outro espetáculo em que a atração fosse a luta de animais.

Naquela época, as rinhas e apostas eram populares no país e a medida de Quadros gerou insatisfação popular. O presidente instalou uma caça à prática, fechando lugares e prendendo pessoas ligadas ao violento passatempo.

Já o artigo 32 da Lei 9605 de Crimes Ambientais condena o “ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos”. A pena, no entanto, é branda: detenção de três meses a um ano e multa, podendo ser ampliada em caso de morte do animal.

Na Colômbia, por sua vez, muito embora parte da população ainda seja adepta das rinhas, um forte movimento social tentou proibir a tradição em 2010. A Corte do país, entretanto, manteve a decisão de considerar as rinhas legais, assim como as corridas de touro.

Segundo o alto tribunal, as atividades, apesar de cruéis, fazem parte das tradições do país.

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