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Jéci, zagueiro do Coritiba, deve ter Pereira novamente ao seu lado e será o responsável por erguer a taça se o título for decidido hoje | Antonio Costa/ Gazeta do Povo
Jéci, zagueiro do Coritiba, deve ter Pereira novamente ao seu lado e será o responsável por erguer a taça se o título for decidido hoje| Foto: Antonio Costa/ Gazeta do Povo

Por que o Coritiba vai ganhar

Pedro Ken, defendeu o Coritiba até o fim de 2009 e joga atualmente pelo Cruzeiro.

Pelos últimos Atletibas...

O retrospecto contra o Atlético tem sido muito bom. No ano passado, mesmo perdendo o campeonato, ganhamos lá na casa deles por 4 a 2. No ano anterior havíamos sido campeões lá. No último clássico no Couto, pelo Brasileiro, ganhamos também, por 3 a 2. A boa fase do time é outro ponto favorável. O Ney (Franco) está fazendo um trabalho muito bom. Soube mesclar de forma eficiente os meninos que subiram da base e os reforços que chegaram no início do ano, dando um ótimo padrão para o time. Por fim, tem a torcida. Quando quer e vai ao estádio para apoiar, passa à equipe uma força muito grande e fica difícil de ganhar do Coritiba no Couto Pereira.

Por que o Atlético vai ganhar

Paulo Rink, atacante do Atlético nos anos 90 e ex-diretor do clube.

Detalhe rubro-negro

Vejo as coisas muito equilibradas. É daqueles jogos que tendem a se decidir em um detalhezinho, como um monte de clássicos que a gente já viu.

Olhando de primeira, tem cara de um baita empate, mas, como atleticano, gostaria que alguma coisa fizesse a balança pender para o lado rubro-negro. Tem a força da bola parada, com o Paulo Baier jogando para a área e o pessoal se posicionando muito bem para finalizar. Ele também pode dar um passe decisivo.

As arrancadas do Márcio Azevedo pela esquerda, com muita força, ganhando quase sempre da marcação. Lá na frente o Bruno Mineiro já mostrou que é artilheiro. Se aparecer uma boa chance, dificilmente vai perder.

  • Bruno Mineiro, artilheiro do campeonato, tem seu retorno mantido sob sigilo, mas deve reaparecer no ataque ao lado de Javier Toledo

De um lado a necessidade da vitória; do outro, a busca por redenção. É o que caracteriza o Atletiba 344, hoje, às 15h50, no Couto Pereira. Para o Atlético seguir com chances de ser bicampeão, só vale a vitória. Ao Coritiba, um triunfo garante o título antecipado e mesmo o empate encaminha a conquista para o jogo com o Cascavel, no próximo fim de semana.

Título que remedeia, ao menos em parte, a tragédia de dezembro de 2009, quando o torcedor alviverde viu o time ser rebaixado no ano do centenário do clube e, atônito, acompanhou selvagens invadirem o gramado. "Quando a gente caiu, a base inteira, o clube inteiro sentiu", conta o prata da casa Marcos Paulo, que pode ser campeão já na primeira temporada como profissional. "Eu sempre falo que estou vivendo um sonho".

Se o drama coritibano foi maior, a angústia atleticana não fica tão atrás. Afinal, a equipe quase acompanhou o rival na queda para a Série B, não vence um Atletiba há dois anos e, ano passado, comemorou um título meio ofuscado pelos 4 a 2 que levou em casa do arquirrival. "Está faltando esse jogo fora de casa, essa vitória fora de casa para comprovar que esse elenco tem qualidade", afirma o volante Chico, mais uma vez escalado para formar o trio defensivo com Manoel e Rhodolfo.

Arma antiga no futebol, o mistério andou pelo CT da Graciosa durante a semana. Recuperado de uma lesão que poderia tirá-lo do campeonato, Pereira passou a ser opção para o técnico Ney Franco. Há quem diga que, pendurado com dois cartões, o zagueiro deu lugar a Demerson na rodada passada para se preparar para o clássico. O Coxa refuta a boataria. "É uma decisão ainda a ser tomada", resume Franco.

Silêncio adotado também na Baixada. Apesar das evidências, Le­­andro Niehues não crava a presença do artilheiro Bruno Mineiro entre os titulares – o centroavante atravessa a fase final da recuperação de uma entorse no tornozelo esquerdo. Pratas da casa, Marcelo e Patrick estão de sobreaviso. "Per­­gunta se o Ney revelou quem vai jogar?", desconversa o treinador, em campanha para ser efetivado no comando do Furacão no Bra­­sileiro. "Sinceramente, não penso nisso. Não me sinto pressionado".

Há, ainda, outros detalhes que separam os clubes no clássico de hoje. Todos com chance de influenciar o resultado final. Enquanto o Furacão lutava em São Paulo pela Copa do Brasil contra o Palmeiras, contornando ainda os problemas desencadeados pelo xingamento racista de Danilo a Manoel, o Coritiba pôde pensar só no clássico. Muito se falou em descanso, o que Ney Franco rebate prontamente: "Não foi uma semana de descanso e sim de treinamento".

O treinador quer o time sufocando o Atlético desde o primeiro minuto. "Vamos jogar no limite o tempo todo, em busca da vitória". Triunfo que dá o título ao Coxa. São 32 anos desde a última vez em que isso aconteceu contra o rival em casa.

Tática diferente será adotada pelo Rubro-Negro, pelo menos é o que indica o discurso oficial de Niehues. "É um Atletiba, uma decisão. Temos que superar tudo. Jogo de final é diferente. Sei que lá também não viram tão soltos assim", revela, fazendo a opção pela cautela. "Só pensamos no Atletiba", completa o experiente Alan Bahia.

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