Papel de parede
O Rubro-Negro ainda busca melhor harmonia para se candidatar de fato à briga pelo bicampeonato estadual. Sem seu mestre-sala Paulo Baier, se recuperando de lesão, o time não encontrou o compasso perfeito entre os passistas e o desejo da arquibancada. Patrono da escola, Antônio Lopes promete evolução
10 - Alegorias e adereços
Presente em grande estilo, a torcida atleticana tem se apresentado em maior número neste Paranaense. De quebra, sempre no compasso para colaborar com a escola. Foram quatro jogos na Sapucaí rubro-negra, média de 10.128 passistas na Baixada. Mesmo descontente com a diretoria, a galera não muda o samba de juras de amor ao clube.
10 - Bateria
Está na cadência certa. A condução fica por conta dos mestres Rhodolfo, o experiente, e Manoel, o novato. A dupla encontrou a cadência e é responsável pela melhor defesa do Grupo Especial apenas 4 gols em sete jogos com o suporte do volante Valencia. Manoel tem tudo para assumir o apito, como maior aposta rubro-negra do ano. E Rhodolfo parece ter se encontrado, realizando boas partidas.
8 - Comissão de frente
Não é a mais sincronizada, mas tem uma boa marca, repetindo 2008, com 17 gols anotados em sete rodadas. Porém, ainda precisa evoluir para ter o respeito da velha guarda. Basicamente, é preciso acertar a pontaria. Por enquanto, um intruso salva a ala. Com quatro gols, Alan Bahia é responsável por um quarto do trabalho que, não fosse essa malandragem sadia, o time teria feito feio na passarela.
7 - Conjunto
Ainda em progresso. Os ensaios de pré-temporada pouco ajudaram. Foi preciso fazer testes já com o desfile em andamento para encontrar uma formação ideal. Atraso notado pelos jurados e na arquibancada, ambos descontentes com a presidência. Mas o técnico Antônio Lopes assegura que o retardo na formação era previsto. Agora, resta aguardar e ver se o Furacão entra no ritmo certo.
7 - Enredo
Não evolui com a "quebrada" ideal, nem mesmo a esperada. O discurso no final do ano passado era de um argumento mais satisfatório para 2010. No entanto, está confuso, com a perda de alguns destaques que, o Atlético acreditava, fariam parte do grupo. Não bastasse, está sem o seu Jamelão, Paulo Baier, contundido. O retorno do meia pode embalar o time.
7 - Evolução
Tem muito a melhorar. A defesa está bem, a menos vazada entre as 12 escolas, mas o ataque ainda não entrosou com as demais alas, especialmente o meio de campo. Ausência de ligação que empana o brilho da comissão de frente, com Marcelo e Bruno Mineiro, normalmente isolados. Para chegar ao ideal, os três setores precisam progredir juntos. Enquanto isso, o time se agarra no talento de Netinho para compor bolas paradas.
8 - Fantasias
Sem patrocínio master, o Furacão mantém a vestimenta discreta desde que perdeu a estampa Philco no final da temporada 2009. Em busca de um grande patrocinador, a estrutura que receberá a seleção brasileira em maio e a Copa em 2014 viraram trunfo para o clube incrementar bastante sua fantasia. A cervejaria AmBev apareceu somente na Copinha e não deve passar disso.
7 - Harmonia
Em baixa. Cobranças da torcida em outdoor colocado na frente do barracão atleticano não atingem diretamente o elenco, mas, de alguma forma, afetam a alegria geral. Os jogadores estão protegidos pelo patrono Lopes, experiente de tantos carnavais. Outro ponto de desgaste foi a troca de comando do marketing. Paulo Verardi, bem remunerado, assumiu o posto então ocupado por Nelson Fanaya Filho e Henrique Gaede.
- - Mestre-sala e porta-bandeira
A dupla mais sintonizada do elenco ainda está no papel. O mestre-sala do time de Lopes só deve voltar em março. Paulo Baier segue em recuperação e é a aposta para formar uma bela parceria com Bruno Mineiro, artilheiro do Rubro-Negro e vice do Paranaense, que tem segurado o pavilhão atleticano. Baier, retornando com a mesma categoria de 2009, será peça-chave para o sucesso do Furacão em todas as passarelas da bola.
7 - Samba-enredo
"Tenho consciência de que a parada é difícil."
Antônio Lopes, técnico do atlético, na véspera da estreia pelo Paranaense.
"Ele faz falta. Cria praticamente todas as nossas chances de gol."
Rhodolfo, zagueiro, sobre a ausência de Baier.
"Fizemos a programação antes de começar o campeonato e sabíamos que não iria (bem) de início, que corríamos o risco de perder pontos. Os resultados vão começar a aparecer entre fevereiro e março."
Antônio Lopes, sobre o baixo aproveitamento do Atlético no início da temporada somente duas vitórias nos quatro primeiros jogos.
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