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Kléber Pereira recebe a marcação de Nei: atacante tem contrato com o Santos até dezembro e disse que gostaria de encerrar a carreira no Atlético | Antonio Costa/Gazeta do Povo
Kléber Pereira recebe a marcação de Nei: atacante tem contrato com o Santos até dezembro e disse que gostaria de encerrar a carreira no Atlético| Foto: Antonio Costa/Gazeta do Povo

O jogo

Expulsão deu à partida o mínimo de bom futebol

Não foi uma partida bonita, foi uma partida marcada. Só melhorou após os 14 minutos do segundo tempo, com a expulsão do santista Róbson, por falta dura em Tiuí. Até então, os gols haviam saído em lances de bola parada. O do Santos (4/2º), em um pênalti duvidoso de Valencia em Paulo Henrique. O do Atlético, em um escanteio cobrado por Paulo Baier no qual a bola sobrou para Bruno Costa.

Com um jogador a mais, o Atlé­­tico teve mais oportunidades. Mas aí faltou organização. Os triângulos laterais, treinados por Antônio Lopes para facilitar a chegada na linha de fundo, foram engolidos pela movimentação demasiada dos meias. O passe final também saía errado. E quando dava certo, era a vez de Marcinho, Patrick e depois Alex Mineiro errarem a finalização.

Vaias para a atuação do Atlético, aplausos para Kléber Pereira. No empate por 1 a 1 com o Santos, na Arena da Baixada, a única coisa que deixou a torcida esperançosa foi a declaração do camisa 9 santista de que ainda deseja retornar ao Rubro-Negro.

Motivado pela inoperância do ataque atleticano, o torcedor não resistiu às lembranças: aplaudiu e gritou o nome do jogador alvinegro, campeão brasileiro em 2001, maior artilheiro da Arena com a camisa do clube (65 gols) e terceiro maior da história rubro-negra (124). Kléber retribuiu e não comemorou o gol marcado logo aos 4 minutos do segundo tempo. Um pouco mais tarde, quando o jogo estava para terminar, recebeu outra homenagem. Ao dar lugar a Rodrigo Mancha, ex-Coritiba, mais aplausos ao centroavante.

"Tenho de agradecer por tudo que eles fizeram por mim. Chegar em outro time e ter seu nome gritado pelo torcedor... Quem sabe eu possa voltar e acabar a minha carreira aqui", afirmou Kléber, que só deverá ficar no Peixe até o fim do ano, quando seu contrato acaba.

A saudade da torcida atleticana não veio à toa. Mais uma vez o setor ofensivo não funcionou. Ontem, quem teve de resolver foi Bruno Costa, zagueiro improvisado na lateral-esquerda. Aos 7 minutos do segundo tempo, ele empatou a partida para o Atlético, depois de a bola bater na trave em um quase gol olímpico de Paulo Baier.

Até aqui, dos 36 gols marcados pelo time no Brasileiro, apenas 9 foram feitos por atacantes de ofício – 25%. Wallyson é o artilheiro do setor. Tem quatro gols, perde feio para os meias Paulo Baier, com 7, e Marcinho, com 9.

Embora a deficiência fique cada vez mais clara, ainda não virou a preocupação de Antônio Lopes. O técnico concorda com o torcedor e também classificou a atuação como ruim. Mas viu na ansiedade por abandonar a 14.ª colocação o maior problema.

"Não foi um boa apresentação do Atlético. Poderíamos até ter ganho o jogo, pois tivemos oportunidades, mas não seria justo", disse o treinador, que deu a sua explicação para o desempenho. "Acho que o time estava tenso. É a obrigação de ganhar em casa que todo locatário tem (que causa isso)."

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Veja a ficha técnica do jogo Atlético X Santos

Em Curitiba

Atlético

Galatto; Nei, Manoel, Ronaldo e Bruno Costa; Valencia, Rafael Miranda (Netinho), Paulo Baier e Marcinho; Wallyson (Rodrigo Tiuí) e Patrick (Alex Mineiro).

Técnico: Antônio Lopes.

Santos

Felipe; Pará, Astorga, Adaílton e Triguinho; Germano, Rodrigo Souto, Felipe Azevedo (Róbson), Paulo Henrique e Jean (Mádson); Kléber Pereira (Rodrigo Mancha).

Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

Estádio: Arena da Baixada. Árbitro: Francisco de Assis Almeida Filho (CE). Gols: Kléber Pereira (S), 4/2º; Bruno Costa (A), aos 8/2º. Amarelos: Valência, Ronaldo (A); Paulo Henrique, Kléber Pereira, Germano (S). Vermelho: Róbson, aos 14/2º. Público pagante: 17.930. Renda: R$ 359.130.

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