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O pesadelo da Segunda Divisão voltou à baixada. Com a derrota para o Internacional por 2 a 0, no Beira-Rio, o Atlético se manteve nos 27 pontos, na 14.ª colocação, mas só difere da Ponte Preta, o primeiro time na zona de rebaixamento, por ter uma vitória a mais.

A derrota de ontem foi a segunda consecutiva do Rubro-Negro na competição. E a recuperação da equipe comandada por Vadão voltou a estaca zero. O treinador assumiu o clube há oito partidas, chegou a conseguir três vitórias seguidas, mas hoje ocupa a mesma posição de quando chegou.

Ontem, se o torcedor tinha a esperança de ver a equipe repetir o bom desempenho da Sul-Americana, acabou mesmo tendo de engolir mais uma atuação semelhante à goleada sofrida para o Botafogo.

O Internacional só marcou dois gols, mas poderia ter feito cinco como os cariocas. Colocou quatro bolas na trave e, com exceção dos 15 minutos finais da primeira etapa, passeou em campo. O Atlético também teve duas bolas na trave, mas nem de perto o volume de jogo do adversário.

Vadão admitiu: "O primeiro tempo foi até equilibrado, mas no segundo o Inter foi brilhante. Dessa vez não foi acidente, foi superioridade (do adversário)". Um pouco de exagero, já que o Atlético facilitou, errando muito em todos os setores.

A zaga outra vez falhou feio na marcação. No primeiro gol, aos 5 da etapa inicial, Fernandão escorou um cruzamento para Adriano Gabiru, livre, chutar de primeira, sem chances para Cléber. O segundo, aos 6 do tempo final, Fabiano Eller cabeceou sob o olhar de Cesar.

O Furacão começou com 4–4–2, mudou para três zagueiros, mas não conseguiu neutralizar a principal jogada do adversário: a bola lançada para Fernandão que, invariavelmente, conseguia virar e criar uma confusão na defesa atleticana.

O meio-de-campo também foi inativo. Começou com dois volantes, chegou a ter três em um determinado momento da partida, e nem assim marcou a saída colorada. Foi envolvido e na hora que teve a bola não conseguiu criar nada – Willian, que jogou no lugar do negociado Fabrício, não consegue mesmo mostrar no Atlético o futebol de quando está em outro clube.

O Rubro-Negro teve cinco finalizações na partida, a maioria no fim do primeiro tempo. Na segunda etapa, quando precisava reagir, além de tomar o gol cedo, chutou apenas uma falta, que o goleiro Clemer defendeu com facilidade. Dessa forma, o ataque ficou isolado, não existiu.

Vadão fez três substituções quando a equipe já perdia por 2 a 0: colocou mais um volante, mais um zagueiro e, só assim, resolveu promover a estréia de Paulo Rink. Mas o jogador, frio, foi o retrato de seu companheiros. No primeiro lance, furou na bola. Depois, ao tentar cabecear, caiu na área. E, por fim, deixou a bola escapar para a linha lateral.

Em Porto Alegre

Internacional 2Clemer; Ceará, Índio, Fabiano Eller e Rubens Cardoso; Edinho, Wellington Monteiro, Adriano (Perdigão) e Michel (Ramon); Fernandão e Iarley (Luiz Adriano).Técnico: Abel Braga.

Atlético 0Cléber; Jancarlos, Danilo, César e Michel; Marcelo Silva, Erandir (Rodolfo), Willian (Paulo Rink) e Ferreira (Alan Bahia); Dênis Marques e Marcos Aurélio.Técnico: Oswaldo Alvarez.

Estádio: Beira-Rio. Árbitro: Álvaro Azeredo Quelhas (MG). Gols: Adriano (I), aos 5 do 1.º tempo; Fabiano Eller (I), aos 6 do 2.º tempo. Amarelo: Erandir (A), Alan Bahia (A) Danilo (A) e Ramon (I). Renda: R$ 232.272,00.Público: 32.279 pagantes.

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