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Adilson Batista: esconde-esconde em todas as partidas. | Jonathan Campos/ Gazeta do Povo
Adilson Batista: esconde-esconde em todas as partidas.| Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo

Entrevista

Adilson Batista, técnico do Atlético

Como você pretende montar o Atlético?

Tenho um padrão que eu já vinha fazendo no Cruzeiro, no Santos e no Corinthians. Uma linha de quatro, com os três no meio, um solto e dois na frente. Podemos ter uma linha de quatro, os três no meio e três na frente. Depende da disponibilidade, do condicionamento físico e da função que o atleta pode exercer.

Qual é o tipo de reforço você procura?

Agora chegou o Wendel. Esse é o tipo de jogador que a gente quer. Versátil, joga na lateral direita, faz primeiro e segundo volante, podendo quebrar um galho na esquerda. Eu prefiro um grupo com 28 do que com 40 que não resolvem nada

Em uma semana já é possível avaliar este time?

Eu já vinha acompanhando lá de cima, nas cadeiras [da Arena]. Mas em uma semana é difícil julgar. Precisávamos melhorar e para isso precisamos de tempo. Ninguém vai iludir o torcedor.

E o Kléberson?

É um atleta de ponta que nós precisamos ajudar a recuperar para que ele possa jogar aquele futebol que todos nós conhecemos.

Treinadores paranaenses, como Levir Culpi e Cuca, reclamam da cobrança excessiva na terra natal. Você sente essa pressão?

Eu não tive pressão porque não teve jogo. Não perdi nenhuma ainda. O futebol é assim. A gente respeita e entende. É a paixão. Já treinei o Paraná, passavam lá, gritavam o nome do Saulo, mas isso é da bola.

Como você está encarando essa volta ao Atlético?

Estou muito satisfeito. É mas um desafio, um clube grande, com estrutura. Temos que prestar atenção para qualificar a equipe e voltar a chegar, a incomodar de novo.

Cianorte x Atlético

Cianorte, 16h

Cianorte: Marcelo; Brinner, Valdir, Rafael Mineiro e Ligger; Jovane, Geandro, Almir (Felipe Pinto) e Tiago Santos; Marquinhos e Giancarlo. Técnico: Ronaldo Bagé.

Atlético: Renan Rocha; Wagner Diniz, Dalton, Rafael Santos e Paulinho; Deivid, Robston (Kléberson) e Paulo Baier; Guerrón, Lucas e Adaílton (Héverton). Técnico: Adilson Batista.

Estádio: Albino Turbay. Árbitro: Leandro Júnior Hermes. Auxs.: Roberto Braatz e Arestides Pereira da Silva Jr.

"Conversa comigo é lá dentro do campo. Não é tratando com os amiguinhos, com os empresários. Comigo não pega isso." As pa­­lavras de Adilson Batista resumem bem o estilo do novo técnico atleticano, que estreia hoje contra o Cianorte, às 16 horas, no interior do estado.

Se mostrando disciplinador e estritamente profissional, o co­­mandante preza por mais treinamento e menos conversa fora de campo – especialmente com in­­termediários. Papo, somente no gramado, para ajustar detalhes do time. Ali fala o quanto acha ne­­cessário. Isso ficou nítido no último treino liberado para a im­­prensa antes da viagem.

"Ele vem orientando a equipe durante toda a semana. O Adil­­son está deixando a gente à vontade para jogar, dando confiança para todo mundo chegar lá e mostrar o que tem. Por enquanto ainda não deu muita bronca", contou Deivid. O volante é a prin­­cipal novidade confirmada para hoje, no lugar do dispensado Alê. A outra possível mudança é a entrada do atacante Adaíl­­ton no lugar do suspenso meia Mad­­son, deixando a equipe com três atacantes.

Mesmo com a imagem de rígido que o técnico carrega por on­­de passa, quem convive nos bastidores com ele garante que é um profissional muito sereno. Não à toa a palavra "tranquilo" é a mais dita pe­­los funcionários do Atlético, quando questionados sobre o comportamento do ex-za­­gueiro. "Disciplina é uma coisa. Ser ranzinza é outra", disse o massagista Bolinha.

A mesma opinião é compartilhada pelo coordenador do de­­partamento médico atleticano, Edilson Thiele. "A única ma­­nia dele é sempre meia hora antes do treino saber quem está nos preocupando [por causa de le­­sões]", afirmou, acrescentando que o treinador internamente é uma pessoa fácil de lidar e sorridente.

Já o preparador de goleiros Marco Aurélio Tedeschi lembrou que os ex-jogadores atleticanos que trabalham no clube, como ele próprio e o treinador, na­­turalmente se sentem bem quando retornam em outras fun­­ções.

A sensação de estar em casa é confirmada pelo estreante de hoje, que rasga elogios ao Ru­­bro-Negro. "O Atlético recebe to­­dos os profissionais bem, mui­­ta gente teve passagens boas aqui. Fica a amizade, o respeito. É um clube simpático. Sou tratado normalmente, co­­nheço uma turma antiga. Me sin­­to em casa", afirmou Adil­­son, que tentará, provavelmente com muitos gritos da beira do gramado, manter vivo o sonho da conquista do segundo turno do Estadual.

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Ao vivo

Cianorte x Atlético, às 16 horas, na RPC TV, na Rádio 98 FM (98,9) e no tempo real da Gazeta do Povo.

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