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Amanda Rossi foi encontrada morta dentro do campus da Unopar | Roberto Custódio/JL
Amanda Rossi foi encontrada morta dentro do campus da Unopar| Foto: Roberto Custódio/JL

Polícia prende gremistas

Pouca horas antes do jogo entre Atlético e Grêmio, a Polícia Militar do Paraná apreendeu armas e drogas em um ônibus de torcedores do Grêmio vindo em direção a Curitiba. A abordagem dos policiais aconteceu em São José dos Pinhais, cidade da Região Metropolitana, e foram encontrados um revólver calibre 38 com mira laser, uma pistola 380, facas, cassetetes e cem gramas de maconha. Quarenta e cinco pessoas acabaram detidas, com o veículo ficando retido. Já nas cercanias do estádio, foram registradas confusões entre os torcedores. (AP)

Bastou a expulsão do meia Tcheco, já no segundo tempo, para o que era uma partida tranqüila (até demais) transformar-se no capítulo dois da "Batalha do Olímpico". Com protagonistas, enredo, cenário (a Arena) e placar diferentes: vitória do Atlético, por 2 a 0. Entretanto, o que marcou – e por isso a continuação do "filme" – foram as cenas de violência.

Partida cercada de expectativa em virtude dos acontecimentos em Porto Alegre – Evandro e Alex Mineiro contundidos no rosto, em razão disso dirigentes trocando farpas –, durante a semana a promessa era de paz entre Atlético e Grêmio. E assim se fez.

Em um primeiro tempo em que a bola foi a única "agredida", rubro-negros e tricolores quase não chegavam ao ataque. E dessa forma, o placar não poderia sair do zero. Mas foi só a etapa final começar e o panorama mudar. Ferreira recebeu na área e chutou cruzado, fazendo 1 a 0.

Até aí, a disputa seguia normal. Porém, aos 18 minutos veio o lance que fez do confronto na Arena uma espécie de repetição do conturbado duelo do primeiro turno. Hostilizado desde o início pela torcida por ter sido o responsável pelo chute que tirou Alex Mineiro do campeonato por três meses, Tcheco reclamou demais e Wágner Tardelli o mandou para o chuveiro.

Com a vantagem numérica, o Furacão teve mais espaço em campo. O time passou a tocar a bola e a galera, a gritar "olé". Em uma dessas seqüências de passes, o Atlético aumentou com um chute forte de Michel, já aos 36 minutos.

Aí, descambou. Cada dividida soltava "faísca". E ao apito final do árbitro, a confusão começou. Netinho acabou empurrado pelo gremista Hidalgo ainda no gramado. Na sala de imprensa, caminho para o vestiário, Claiton recebeu uma voadora de Eduardo Costa. Empurra-empurra generalizado. Ânimos acalmados a muito custo. Os discursos inflamados de lado a lado aumentaram a rivalidade.

"Demos a resposta. Ganhamos o jogo e tratamos a diretoria deles com dignidade. Infelizmente, não tiveram serenidade. É lamentável que o Brasil seja representado por uma equipe como essa em competições internacionais", declarou João Augusto Fleury, presidente do Furacão, que prometeu registrar um boletim de ocorrência.

"Coadjuvante" na agressão do volante gaúcho, protagonista da vez, Claiton repetiu o discurso. "Só jogamos futebol, muito bem por sinal. Acho que lá em Porto Alegre nada foi proposital, mas aqui o Eduardo Costa não foi homem", disse.

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Em CuritibaAtlético 2 x 0 Grêmio

AtléticoViáfara; Rhodolfo, Danilo e Antônio Carlos (Rogério Corrêa) (Evandro); Jancarlos, Valencia, Claiton, Netinho e Michel; Marcelo Ramos e Ferreira (Alex Mineiro). Técnico: Ney Franco.

GrêmioSaja; Patrício (Luciano Fonseca), Léo, William e Bustos; Eduardo Costa, Sandro Goiano, Tcheco e Diego Souza, Marcel (Hidalgo) e Tuta (Jonas). Técnico: Mano Menezes.

Estádio: Kyocera Arena. Árbitro: Wagner Tardelli (Fifa-SC). Gols: Ferreira (A) aos 4/2.º e Michel (A) aos 36/2.º. Amarelos:Viáfara, Valencia e Claiton (A); William, Sandro Goiano, Tcheco e Diego Souza (G). Vermelho: Tcheco (G), aos 18/2.º. Renda: R$ 355.435,00. Público pagante: 21.705 (23.112 total).

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