Calama, Chile O sonho de ver o Paraná estrear na Libertadores da América não custou muito: cerca de R$ 900 para cada um dos quatro torcedores tricolores. O tempo de viagem seria até longo se a cabeça não estivesse ocupada com a escalação da equipe.
As discussões sobre o retorno de Henrique ou a permanência de Josiel no ataque. Alex ou André Luiz na ala. Assim, foram-se os três dias de viagem de Alan, Schumacher, Wappo e José Guilherme.
Eles saíram de Curitiba na segunda-feira no Peugeot de Schumi (que honrou o apelido e dirigiu boa parte do tempo) e chegaram a Calama na quarta pela manhã. Foram quase 3.000 quilômetros de estrada outro tanto para voltar."Foi uma viagem incrível", afirma Alan, 29 anos, que como todos teve de pedir um longa dispensa do trabalho. Ele mora em Camboriú, e trabalha como consultor da Brasil Telecom.
A aventura começou a ser programada quando ocorreu o sorteio da Conmebol. Alan e Schumacher organizaram a viagem e acabaram arranjando os companheiros na lista de e-mails dos Paranautas.
A maior coincidência foi encontrar outro paranista, na fronteira da Argentina com o Chile. Ari, um caminhoneiro que embora não pudesse assistir ao jogo de ontem, deu o resto das dicas que os viajantes precisavam. "Por isso acabamos chegando mais rápido".
Em Calama, com o dinheiro que sobrou, ficaram no mesmo hotel do Paraná. Conversaram com jogadores, técnico e dirigentes. Sonho realizado. Hoje, já estão voltando. Rápido, pois a idéia é chegar à tempo de ver o jogo com o Coxa, domingo, no Estádio Couto Pereira.
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