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 | Carlos Barria/Reuters
| Foto: Carlos Barria/Reuters

Enquanto lutava contra o calor e o cansaço, a baianaAna Mar­cela Cunha (foto) cantava. Em sua cabeça, as músicas de suas bandas favori­­tas, como Charlie Brown Jr., ajudavam a embalar suas braçadas.

Foram 5 horas, 29 minutos e 22 segundos de esforço extremo, 18 paradas para hidratação e 25 km de competição. Coroados com a primeira medalha do Bra­­sil em Xangai, ouro inédito na maratona aquática e para nadadoras brasileiras em Mundiais.

"Nunca tinha passado por isso antes, foi a primeira vez que nadei mais que 10 km. Estava bas­­tante quente, mas, a partir do momento que eu sou escalada, gos­­to de cumprir a prova", afirmou.

"Em provas de 25 km, a gente queima muita gordura. Então, acaba ajudando ter umas gordurinhas a mais para queimar", brin­­cou a atleta, que tem 70,5 kg, e 1,64 m.

A água em Xangai chegou a 30 C. A final dos 25 km foi mudada das 8 horas para as 6 horas por causa do calor.

Ana Marcela, 19 anos, definiu sua conquista como uma "viagem do inferno ao céu" em menos de uma semana.

Na terça, ela havia chegado em 11.º nos 10 km e ficado a uma po­­sição da vaga olímpica em sexto, Poliana Okimoto se classificou para os Jogos de Lon­­dres-2012.

Em Roma-2009, Poliana conquistou o bronze nos 5 km, o primeiro pódio de uma brasileira em Mundiais. Ana Marcela terminou em quinto.

"Foi um sentimento de perda. O dia foi horrível, a hora demorava para passar, mas vim aqui para representar o Brasil da melhor maneira possível", disse. "E sou a primeira reserva [para a Olimpíada], se alguém desistir, eu entro."

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