Tiffany é atacante do Sesi/Bauru que eliminou a equipe de Bernardinho, o Sesc/Rio.| Foto: NELSON ALMEIDA/AFP

“Um homem. É f...”. As palavras proferidas pelo técnico do Sesc-RJ, Bernardinho, após um ataque da atacante Tifanny, do Sesi/Bauru, terça-feira (26), reacenderam a polêmica sobre a participação da atleta trans no esporte feminino.

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O time de Tifanny eliminou o favorito Sesc-RJ nas quartas de final da Superliga Feminina. Foi a primeira vez em 22 que Bernardinho não chega à semifinal, sendo que sua equipe vinha de 14 decisões consecutivas.

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Equipe LGBT, o Angels Volley Brazil registrou o momento da declaração de Bernardinho e postou um vídeo no Instagam criticando o consagrado técnico. “Transfóbicos e homofóbicos não vão passar sem serem apontados na nossa página! Pode ser o papa do vôlei...Vamos desmascarar todos”, disse trecho da postagem.

Confira o momento registrado em vídeo

Na própria publicação, Bernardinho publicou um texto pedindo desculpas, na manhã desta quarta-feira (27).

“Peço desculpas a todos. Não foi minha intenção de forma algum ofendê-la. Me referia ao gesto técnico e ao controle físico que ela tem, comum aos jogadores do masculino e que a maior parte das jogadoras não tem”, começou o treinador.

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“Sempre trabalhei e tentei ajudar com meu trabalho diversos jogadores e jogadoras sem nenhum tipo de preconceito. À Tifanny dou meus parabéns pela grande atuação e conquista e a todos que se sentiram ofendidos reitero minhas desculpas, jamais foi minha intenção”, completou.

Tifanny fez 28 pontos na partida contra o time de Bernardinho, sendo a maior pontuadora do duelo. Em 2018, ela bateu o recorde de pontos em uma só partida da Superliga, 39.

Tifanny é a primeira atleta transexual a atuar no torneio feminino. Em janeiro de 2018, a ex-jogadora Ana Paula escreve uma “carta aberta ao COI” dizendo que Tiffany não deveria ser autorizada a jogar com as mulheres.

Algumas atletas e clubes também questionaram se seria adequado ter uma jogadora transexual atuando na Superliga feminina e levaram a questão à Confederação Brasileira de Vôlei. Nos ginásios, a jogadora também era frequentemente vaiada pelos rivais.

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<b>Tiffany.</b>  

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