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Sem jogar, Brasão anima fora de campo | Hedeson Alves/Gazeta do Povo
Sem jogar, Brasão anima fora de campo| Foto: Hedeson Alves/Gazeta do Povo

Atleticanas

Retornos

O zagueiro Manoel e o lateral-direito Nei têm retornos garantidos na partida de amanhã contra o Inter­­nacional, no Beira-Rio. Ambos cum­­priram suspensão frente ao Grêmio. Já o zagueiro Rhodolfo, com dores na coxa direita, é dúvida. Mesma situa­­ção do lateral-esquerdo Márcio Aze­­vedo, que sofre por causa de um problema lombar. A delegação viaja hoje para Porto Alegre.

Arbitragem

O carioca Luís Antônio Silva Santos foi sorteado para comandar Inter x Atlé­­tico. No único confronto entre as equi­­pes que ele apitou, em 2007, deu um pênalti para o Colorado em falta fora da área.

Ele jogou por três anos na Índia, carrega o apelido que era o nome de seu cachorro e a cada gol que marca tira da caneleira a foto da filha Lyssendera e a beija para comemorar. A figura é o atacante Brasão, de 27 anos. Há pouco mais de duas semanas no Atlético, o jogador já divertiu a todos com suas histórias.

Os contos de Brasão vão desde as aventuras que viveu na Índia até os tempos da infância em São Paulo. Quando criança, o menino Ivan Fiel da Silva (nome do atleticano) ganhou um cachorro que foi batizado como Brasão por ser "muito aceso".

Mal sabia o garoto que a relação entre dono e cão seria muito maior do que a inicialmente planejada. O amor pelo bicho de estimação passou o nome de um para outro.

"Eu fiquei tão triste quando Brasão morreu que começaram a me chamar assim", lembra, enfatizando que só ao entrar no futebol é que a alcunha foi "oficializada". "Quando eu entrava nos jogos e fazia uma fumaça e diziam que era ‘coisa do Brasão’", conta.

A fumaça foi tão intensa que de clubes pequenos do Brasil foi parar na Índia. No Sul da Ásia, Brasão teve de se adaptar aos costumes e alimentação locais. Pelos indianos Fransa-Pax e Salgaocar o atacante construiu os momentos mais inusitados da carreira. Ainda mais para ele que garante "gostar de uma resenha".

"Um meia-esquerda do meu time (o Salgaocar) era muçulmano. Fomos jogar em um estádio que não tinha privada no banheiro. Eram só aqueles buracos. E o cara jogou o jogo todo com vontade de usar o sanitário, mas se ne­­gou por causa da religião", lembra.

Acostumar-se à cultura hindu nem foi tão complicado. Brasão diz que já estava ambientado às vacas (que são consideradas sagradas no país) andando no meio da rua. O problema maior foi a comida. Especialmente na falta de higiene.

"Eu iria viajar seis horas de trem. Paramos em uma estação e o cara fritou o ovo em cima de um jornal. Fiquei sem comer", diz, lembrando que até no vestiário as coisas eram diferentes. "Nem o técnico fala no vestiário. Não tem nenhum grito. É um silêncio só", assegura.

Brasão veio do Atlético-GO e chama atenção pelo porte físico. Em Goiás, era conhecido como Ho­­mem de Pedra por causa dos 82 kg distribuídos em 1,80 m de altura.

No Rubro-Negro, Brasão ainda não sabe quando vai poder pôr em prática seu estilo de força. Após sentir uma fisgada na coxa direita no treino de ontem, ele espera resultados de exames para saber se pode viajar para enfrentar o Internacional, amanhã, em Porto Alegre, e poder começar a viver novas histórias para contar.

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