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O Campeonato Mundial de Masculino de Vôlei, que começa na madrugada de amanhã e vai até o dia 3 de dezembro, dá à seleção brasileira a oportunidade de igualar o domínio da equipe que adiou por uma uma geração a entrada do país na elite da modalidade.

Campeão do mundo em 2002, da Copa em 2003, olímpico em 2004 e das quatro últimas edições da Liga, o time de Bernardo Rezende estenderia, com o bicampeonato, o seu reinado nas quadras a cinco anos. Pelo mesmo espaço de tempo, os Estados Unidos deram as cartas no vôlei dos anos 80. Conquistaram o ouro olímpico em 84 e 88, o Mundial de 86 e a Copa de 85. Só não ergueram a Liga porque a competição ainda não existia naquela época – foi criada em 90.

Somente a Itália tem um período mais extenso de vitórias nas principais competições internacionais. Sob o comando de Julio Velasco e com o ponta Andrea Zorzi no ápice, a Azzurra foi tricampeã mundial (90, 94 e 98), hexa da Liga (90, 91, 92, 94, 95 e 97) e vencedor da Copa (95). Só faltou o ouro olímpico.

A vitoriosa geração ianque pode ter inspirado o voleibol brasileiro. Bernardinho, que era o levantador reserva do time que perdeu para os norte-americanos a final da Olimpíada de Los Angeles de 84. Mais que a medalha de prata, trouxe na bagagem de volta daqueles jogos a vontade de formar um time tão vencedor quanto aquele que viu pessoalmente triunfar.

Mas a conquista do Mundial não será tarefa fácil. Para Bernardinho, além das seleções tradicionalmente fortes, o desgaste físico será outro adversário duro de bater.

"Nem todas as equipes estarão tão desgastadas fisicamente como a nossa. O nosso grande obstáculo foi o pouco tempo para treinar (15 dias) e o desgaste depois da Liga Mundial (no final de agosto)", lembra o técnico, que se esforça para que o favoritismo proclamado pela imprensa e torcida não contagie os jogadores. "A gente pensa só em trabalhar e fazer o nosso melhor. Favorito é aquele que entra na quadra, joga bem e vence."

O ponta Giba lamenta a curta preparação para uma competição tão intensa como o Mundial. "O calendário do Mundial é absurdo, não é voleibol, é Iron Man. São 11 jogos em 16 dias e em quatro cidades. As finais é que devem ser complicadas. Vai ser campeão quem estiver melhor fisicamente", prevê.

Para o levantador Ricardinho, o preparo físico e mental será preponderante para o sucesso na competição. "Esses dois fatores serão os diferenciais para as cinco seleções que estão no mesmo nível", diz o jogador, se referindo às equipes do Brasil, Itália, Rússia, França e Sérvia e Montenegro.

A estréia do Brasil no Mundial acontecerá na sexta-feira, contra Cuba, em Fukuoka, às 3 horas da amanhã (horário de Brasília). Depois, pela ordem, a seleção vai enfrentar Grécia, França, Austrália e Alemanha, seus adversários no Grupo B da competição.

Na TV: Brasil x Cuba, às 3 horas, na Globo/ RPC e Sportv.

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