Curitiba abriga, de hoje a sábado, a fase das Américas da Fed Cup, principal competição de equipes do tênis feminino. A disputa tem uma característica particular: é uma das poucas da WTA (Associação Feminina de Tênis) em que os técnicos podem orientar as tenistas nos intervalos entre os sets.
"Não é só um gesto que fazemos da arquibancada. Temos aquele um minuto e meio da virada em que podemos passar aquela informação que, muitas vezes, o atleta, no envolvimento do jogo, não consegue perceber", diz o técnico do time brasileiro, Eduardo Frick. Hoje, ele, a auxiliar técnica Carla Tiene e as jogadoras Ana Clara Duarte, Roxane Vaisemberg, Vivian Segnini e Bia Haddad assistem aos dois primeiros confrontos do seu grupo, antes da estreia contra o Paraguai, amanhã.
Uma das principais preocupações de Frick e Carla é preparar as tenistas para uma disputa com características bem distintas da maioria, pois o que vale nesse caso é o desempenho da equipe e não apenas individual. "Tivemos algumas reuniões para colocar esse espírito de jogar pelo Brasil e dentro do Brasil", reforça Carla, que disputou como jogadora a Fed Cup.
A contar pelo retrospecto nessa espécie de terceira divisão do torneio, jogar em casa faz bem para as brasileiras, que buscam a classificação (que só virá com o título na fase das Américas) para o playoff de acesso à "Segundona" mundial.
A última vez que o Brasil venceu a fase continental da Fed Cup foi há oito anos, em Campinas (SP), também a última vez que foi sede da disputa. Saindo com a vaga na mão, a equipe verde-amarela teria que vencer um duelo contra uma seleção rebaixada da segunda divisão mundial para não ter de voltar a competir no continental.
"Temos conversado com elas sobre o espírito de equipe. Elas fizeram a pré-temporada juntas, o que também ajuda", destaca Frick. Ana Clara, Vivian e Roxane passaram as últimas três semanas em treinamento em Porto Alegre. Bia completou a equipe na última sexta-feira, pois estava na Austrália, disputando seu primeiro Grand Slam ainda como júnior.
Ana Clara afirma que o apoio da torcida será essencial para compensar o fato de o time nacional não entrar como favorito na Fed Cup. "É uma competição com nível muito parelho. O Canadá é sempre um time muito forte, a Argentina tem a número 1 em duplas. Quem conseguir lidar melhor com a pressão, vai fazer a diferença", completa Roxane.
Serviço
As partidas da Fed Cup serão realizadas no Graciosa Country Club (Av. Munhoz da Rocha, 1.146, Uberaba), a partir das 10h. Entrada gratuita.
-
Relatório americano expõe falta de transparência e escala da censura no Brasil
-
“A ditadura está escancarada”: nossos colunistas comentam relatório americano sobre TSE e Moraes
-
Jim Jordan: quem é campeão de luta livre que chamou Moraes para a briga
-
Aos poucos, imprensa alinhada ao regime percebe a fria em que se meteu; assista ao Em Alta